27.5.09

INFORMATIVO (a partir de Lutero)

Ontem no Jornal Nacional (Globo) foi apresentado o primeiro capítulo de uma série (Os Evangélicos, “com vinheta de divindade”) que fala sobre as ajudas sociais que as igrejas – religiões – protestantes fazem em sociedades tanto capitais como interioranas. Primeiro: iniciou-se devido ao fato delas não conterem tantos fiéis e assim, não serem divulgados à população geral os benefícios de se recolher o dízimo (dinheiro) tão falado – atentai para a imagem do saquinho azul mostrado ou as bandejas de alumínio conhecidas por todos. Segundo: possivelmente para crescer o quadro de pessoas adeptas a tais (porém é estranho a Globo fazer isso, cairia melhor para a Record, não?!). Sobretudo o que mais achei estranho foi um fragmento que tratava de uma aldeia de índios e de, primeiramente, dois evangélicos que vieram da Inglaterra para o Brasil ensinar dogmas e ideias para um povo indígena (que mistura de língua!), daí eles conseguiram mais ajuda e expandiram o negócio. Assim, a tribo perdeu seu pajé, logo substituído por um pastor; a tribo iniciou um processo de aprendizagem à leitura e escrita, do português; suas heranças culturais – mostradas em imagens – viraram ritos escolares em comemoração a datas, trabalhados por aquele senhorzinho que não desiste; as crenças que antes eles acreditavam foram trocadas por um Deus onipotente, onisciente e onipresente… Não é estranho? Essa imposição de uma cultura sobre outra? Essa troca alegando haver uma cultura superior a outra, ser a certa e levar ao caminho da benção? Fico me questionando e pergunto a você!
Não digo que é errado ajudar comunidades carentes, perguntar se está apto ou apenas com uma vontadezinha para conhecer nova cultura e depois avaliar se quer ela pra si ou não. Entretanto forçar algo do tipo e ser mostrado com um sorriso na cara não é uma coisa muito agradável, pelo menos pra quem tem consciência de que isto está acontecendo. Eles possuíam?
William e Fátima me surpreenderam. Os sorrisos ao fim foram de comemoração... Será que estava escrito naquela telazinha que eles leem para darem tais sorrisos? No chamado telepronpter?! Vai saber...

26.5.09

Dita...

“Passarinho que come pedra sabe o cu que tem”, mas todos chegam a um limite e não suportam mais tanto sofrimento. Imaginem receber simultaneamente chutes, pauladas, choques etc.! Imagine ser cuspido e queimado, estuprado, colocado a boca e o nariz na descarga de um carro. E tudo isso para o bem da sociedade e ordem de um país de merda.
Enquanto isso os sulinos conversavam do milésimo gol de Pelé e a extraordinária performance de Rivelino. E nada mais... Quem tentava salvar a União de porcos imundos que proibiam a liberdade eram mortos, sumidos e o pior: torturados. Naquele momento a morte provavelmente era o melhor bem. Tanto para não sofrer horrores como para não entregar colegas...
Imaginem! Doe até imaginar...
Eu decretaria a busca dos idosos que participaram de tal ato macabro... Buscaria aqueles que batiam, cuspiam e daria o troco. Recompensaria e faria jus a ideia de terroristas que lhes foram dados. Seria tão irracional quanto. Mas sei que não compensaria em nada... Os que deveriam estar vivos para participar ou assistir já não estão.
Só pensamos em violência como solução. Não passa de problema!
E Tito dizia antes de se enforcar: “...assim externarei a lembrança de um passado sombrio.”. Por que a cadeia dele foi a pior... E pra se livrar bastava não mais existir.
Batismo de Sangue. Excepcional!
[Ficamos assim sem nexo...]

22.5.09

Hoje sei realmente.

O mundo torna-se engraçado pelas situações que ocorrem. Por que essa aproximação toda? Por que teu método estranho para conseguir algo? Basta-nos de tanto bobagem vivida e tanta vida transformada em bobagem. O que quero certamente não é o que desejarei amanhã... Mas isso não impede d’eu hoje pedir para gostar amanhã. Quando queremos algo com muita vontade ou apenas vontade, conseguimos ter. O que falta a todos é coragem pra encarar os riscos e os desafios que supostamente aparecerão. Então, porque não viver o que te dá prazer? Porque não decidir o que é melhor ou não pra você? É tanto que não conseguimos controlar. É tanto que ficamos numa dúvida cruel.
Hoje eu quero... Certeza! E certeza que hoje quero que amanhã seja o mesmo gosto que hoje. Por fim, desejo um fim belo... Com o drama do passado, o gosto do presente e a vontade de futuro.




20.5.09

Pós-filme

E não percebemos mais que 50% do que está a nossa volta. Não aproveitamos os segundos infinitos capazes de transformar uma visão de mundo, uma vida. Não nos arriscamos o suficiente para salvar vidas, nem para cuidar da que temos... E zelar pelos outros. Erramos o tempo inteiro e reclamamos dos erros que avistamos – dos outros. O espelho não atinge a nós... Não nos revelar, nem mostra o reflexo de quem somos. Apenas copia o extrato superficial da nossa pele e nós já achamos o bastante para dizer: “-Belo!” ou “-Nem tanto.”
Deveríamos correr mais na chuva, respirar pensando na respiração, beber água em qualquer temperatura e em diversos recipientes. Sentir o vento gélido do fim de outono, e o sol que aquece os sentimentos do inverno. Pensar na visão de um pássaro pousar no fio de alta tensão tranquilamente. Na comida no prato e sentir os gostos distintos. Transar num cardápio diferente, com amor, por apenas sexo, no escuro ou no claro, na rua ou em casa.
Deixamos de fazer e sentir mínimas coisas. Deixamos de viver nossa vida planejando em como será o futuro. Talvez fosse necessário um acordar para o presente... Um aproveitar o que temos e podemos agora.
Viver intensamente. Deveríamos viver.

13.5.09

Da idade da liberdade [?!]

"Tristemente passo daqui pr'ali.
Despeço-me do "de menor" para o temido "de maior".
Recebo mais responsabilidades e cobranças.
Perco a visão de infantilidade.
Cresço.
Ao menos no documento.
Fico velho e as rugas me traçam."




"E agora? O que eu espero e o que me espera?"

O_o


...respire ¬06 [de vergonha!]


"Eu poderia citar Álvares ou Shakespeare, ou ainda mais roubar as palavras do meu irmão, mas mesmo assim cairia na rima de coração. Absurdo toda essa minha ideia e ainda mais minha cara de pau, o que não faço em poesia, em prosa ainda não é nada especial. Parei com rimas ridículas ou coisas assim, mas como o poema de Cecília o amor não tem fim. Por isso minha querida posso me sujeitar ao ridículo, mas por você acreditaria até em deuses do Olimpo.
Sabes das minhas disposições e de como eu sou, só te pergunto se és a garota do Roberto que dirige em disparada e que acho que posso conquistar. Porque se for, mais que alegre eu vou ficar!!"



Depois dessa minha ridícula declaração corri contra o tempo pra mais uma vez passar vergonha... Nunca senti tanta queimação no rosto quanto daquela vez... Tanto é que "Morena", de Los Hermanos saiu meio mais que desengonçado. Enfim, ainda não cheguei ao fim.



Ainda descontarei Thaís (e Janna e Marília).

9.5.09

...nada mais.

Aquela tarde estava se prolongando pro resto do que eu chamava de vida. Não parecia melhorar, mas nem piorava nada. Era uma parada (brusca!) de toda a correria atual. O lago duplicava o sol, a grama grande cercava-me que continuava ali sentado. Atrás, apenas o passado e a locomoção para um futuro. Deixara tudo atrás. Tudo que eu havia construído nesses anos longos e cansativos. O que eu realmente queria dali pra frente? O que queria apagar, reconstruir ou conciliar? Aquele ser só possuía cinco dias de descanso do estresse em viver com pessoas em volta. Mas no fim, como uma previsão, ficará tudo a mesma coisa.

É só expectativa de algo que sei que nada mudará.

2.5.09

Não distante da realidade (ou Braquiara!)

Mesmo com o uso fiquei realmente aqui. E antes acreditava que mudaria totalmente. Nada disso... Depois de trinta, não exatos, minutos meu corpo desmoronou. Nem total... Apenas fiquei com sono, pedindo cama, colo ou até mesmo o chão. Era álcool sugado. Era apenas cinzento. Era menor do que meu dedo mindinho. E me deixou assim! Com mais frio do que o normal. Um vento parecia uma ventania. O lago já era grande demais. A cerveja já estava doce. Minhas pernas tremiam, meus dedos, minha cabeça pesava mais que o corpo. Parei... parei numa das estradinhas de terra batida... Estavam todos em volta. No lago, na árvore, no morro. Sentei, deitei... O sol na cara, sem nuvem. A terra quente nas costas, sem dor.
Apaguei.
Cazuziano, ainda faz efeito!