Aqui não pára de chover. Todo dia, toda noite. Volto do mesmo lugar e exponho minha cabeça. Essa vai alagando a cada passo que dou. Meus sentimentos são escassos e seleciono-os bem antes de destiná-los. O que mais me incomoda são as paranóias e, talvez, idéias impossíveis que me invadem. Mas quando saberei que são impossíveis. “-Como? Quando?”. Fico encharcado e meus olhos embaçam. Mas não pela água da chuva.
