"Não gosto do relógio que corre, nos faz viver menos... Aquele seu ritmo um tanto acelerado não agrada, nem é poético. Prefiro o que ligeiramente pausa. E retorna. Pausa. Retorna. É mais gostoso, temos a sensação de que estamos vivendo mais dentro do segundo em que observamos. Sua melodia em tic-tac, seu toque surpreendente. Esse sim é mais proveitoso e até sensual."
Estava eu pregado na cadeira desconfortável do centro do vai-e-vem, da pressa e imperfeição, da agonia em não estar na estrada e ter a sensação de que falta pouco tempo para sair dela. Então, perco minhas horas observando o comportamento alheio e a fúgida corrida do relógio. Resumindo, nada!
Mas viver o pleno nada nos revela curiosidades e constrói esse olhar crítico, pré-conceituoso de que gostamos tanto. Entre mulheres conservadoras, puritanas e as bem safadas, com seus vestidos e calças apertadas; os velhos e as babas (nessa classe evidentemente estão os taxistas); as crianças e inocências; outras nem tanto; e nós, a fase da adolescência ao adulto, com seus olhares impiedosos, gulosos e em ápice gozo - isso ao se referir às gurias de pernas grossas e glúteos fartos. E assim o tempo me passa e eu passo a compreender os valores de cada!
Vivo "trechamente" esse rápido e me encontro farto. Da espera, do que estou fazendo, da vida, de agora. Mas não me canso do impuro e delicioso... Tic-tac do quadril dela.
*Apenas uma observação nada construtiva. Relato o meu desejo alheio... E o dos outros também.
*Apenas uma observação nada construtiva. Relato o meu desejo alheio... E o dos outros também.
Cheguei a pensar num relógio sexual, aquele nada pontual, mas que te marca... deveras, better.
ResponderExcluira graça da belez não está em existir, mas em ser percebida!
ResponderExcluirseria interessante uma vida em slowmotion...