6.4.11

SMS's

Ao som da gaita vislumbro o que me é permitido em vida. Tal tarefa de aprender me cansa a mente e corro para o ócio cultural: sentar-me em um banco e vislumbrar o estranho comportamento do bicho homem.
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É quando deparo-me com a beleza na coisa diversa e estranha. Eu riu. Deliro e não contesto. Eles vivem, eu sentado observo. E o gosto de interagir me aguça.
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Em fluido espanhol escuto uma conversa ao lado. Os jovens à frente treinam seus raciocínios jogatinos e como se eu retratasse em quadro ponho-me em inserção. Decido-me: estou no lugar certo, vivendo de um modo errado.
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Eu me refaço, naquele momento, a partir das atitudes deles. Assobio um som qualquer, acompanho a gaita. Envolvo-me, falo-te, dialogamos. Danças, me embalo, levanto do banco. Tô no lugar, me encaixando.


Ao encontro que nos permitimos por comunicação instantânea, mesmo ao longe, a alguns quilômetros de falta de tato. Conto-te meu momento e tu sentes o que sinto.
Texto da minha parte e da parte que me entende, Thaís.

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