29.12.09

Sinais - 01

Ainda ontem observava a cena mais consternada que já pude identificar, ao descer do ônibus lá estavam dois velhos amigos, cães de rua, pobres soldados, irmãos de fome, ambos se entreolhavam, e se confraternizavam ali sem nada a dizer, seria mesmo preciso? Eram amigos, sonhavam juntos o dia em que encontrariam um cesto de lixo com pães não muito estragados, com comida nem tão fétida. uma mão bêbada que não lhes negasse abrigo, mas agora já não lhes era mais possível alcançar juntos, porque algo já os separava, o olhar congelante e frio da morte esvalava do pobre cãosinho deitado ali na rua, o outro, como último auxílio ao seu alcance, lambia suas entranhas espalhadas pelo asfalto molhado da noite chuvosa, quando eles provavelmente estariam correndo para se abrigar. Mas já agora, não lhes seria mais permitido sonhar junto. Foi assim que por instanstes, raros num lugar onde cabeças transitam em alta velocidade, fitando o céu, como se de lá viesse a besta apocalíptica, pude notar que ainda era possível a complacência para com os seres. Pena que tão logo fui levado pela maré de pessoas que caminhavam, e logo voltei a ser parte integrante do meio, apenas concordando e seguindo olhando o céu, em alta velocidade.

Texto de Jesimiel Sales, 
cedido por e-mail.

20.12.09

petit

Alguns dias acordam mais felizes que outros. Coisa do acaso mesmo... Pode até estar nublado, chovendo, tempestade, mas o sorriso está lá. Estampado e bem aberto. Hoje não é um dia desses, ontem foi. Ontem ele gargalhou as 24 horas... Sem interrupção. Mas hoje ele ‘tá acabado, pra baixo e não tem nada que lhe faça mudar.
Talvez seja apenas reflexo do que ocorrera. Mas ainda tenho esperança de que o hoje ria alguns segundos, pelo menos. 
...que aconteça então!

11.12.09

Adiantando!

Agora 'tô voltando pra casa. Deixando metade do ano guardado nesse carinhoso aperto aqui.. E na memória. Com a expectativa de voltar em 2010 e destrinchar as novidades, dificuldades e os prazeres que isso aqui me proporciona.
Depois de uma inesperada notícia caío de cabeça nessa terra e imagino a grande dificuldade que será ao partir. Desde já sinto saudade dos 30 e poucos, dos bares que sentamos, das piadas que rimos e deixamos os outros sem graça. Enfim, de todas as peripércias que aprontamos nesses "poucos" dias.
Fico na expectativa do próximo semestre...



2.12.09

SMS da pequena!

Tentativa de análise:


Sinta: o cara deu alguma droga a menina. Dizendo que ela “virava” lésbica e ainda transava com animal. É foda? Na porta da facul. É mundão perdido.
               
Pensando por um lado, já que hoje tem droga pra qualquer tipo de efeito porque não pra esse tipo de transformação? Se Xuxa transformava qualquer coisinha num coisão, esse “cara” deve ser um expert em drogas que “não importa o efeito”.
Sobretudo o mais engraçado é o motivo pelo qual a menina procurou a droga! Ou esse só foi mais um motivo disponibilizado? Deve ser cliente velha e o “cara” quis mudar a rotina da pobre coitada. Não... Não deve ser nem pobre e muito menos coitada. Mas pode ter sido uma boa pedida. Um ‘homozoossexualismo’. Como se daria isso? Por exemplo, um romance com uma cadela ou uma égua? Nossa!
Isso tudo não importa, preocupo-me mesmo é com a pequena. Só em pensar no tipo de lugar por onde ela anda assusta (O_o). Espero que ela não traga essas inovações para o lado de cá! – riso.

10.11.09

Imprestável

[...]
Meus instantes são construídos depois de muita vislumbração. Aquela ideia de fotografar ocularmente tudo o que se passa em nossa volta. São sinais de uma bela vida que temos e o quanto não sabemos aproveitar o que nos é concedido. O quanto desperdiçamos enquanto estamos trancafiados a normas ou a ideais de que futuramente podemos viver e transformar o que escolhemos para transformar. Não gosto de discutir o que inúmeras vezes foi feito e que de nada adianta se eu ficar do lado de cá. Mentira! Todos gostamos da vida preguiçosa, do ron-ronar que fazemos deitados nas redes em sombra e água fresca. De pouco nos importa o que está sendo desperdiçado, os que estão sendo jogados fora.
Por isso, às vezes, forço-me a procurar a utilidade nas coisas. E qual é a minha aqui onde estou?
[...]

25.9.09

de-graus

Eu não sabia o que era stress... Possivelmente no futuro me direi a mesma frase; Esse subir incansável de escadas todas as manhãs não favorece para o relaxamento. Sentimos a dificuldade em se estar morando só, estudando só... Nesse - sempre - seguimento. 'Tô precisando de facilidade em certos aspectos da minha vida. Nunca pedi tanto no começo de algo para chegar logo o fim. Pois!
Sobretudo imagino que após o fim a dificuldade aumentará. A vida da gente é feita de caminhos muito longos e cansativos. Por isso, sem pensar muito, às vezes aceitamos um elevador; um empurrão para cima... O ruim são os empurrões para baixo; como elevador. Para baixo eu prefiro as escadas.
É como aquela história no Míope, dos vilões... Fazemos coisas que vão nos favorecer sem muito pensar nas consequências que refletirão nos outros.




20.9.09

Alheio

"...tomar um tom azul e fosforescente, ampliar-se, formando um quadro imenso,
... Para que vive inventando essas desgraças, essas tristezas?
... O resto do sonho foi uma confusão que não consigo recompor; mas pela manhã, ..."




O alto poder de busca do google.
Palavras-chave: azul sono desgraça

9.9.09

shiii!!

"...e a esperança de conversar acaba logo que volto pela tarde. Nunca pensei que isso me faria tanta falta. O ápice que consigo é '-Um real de pão!'; '-E aí!'; '-Boa tarde!'. A noite sem crédito passo num silêncio sepulcal. Sinto saudade das conversas alheias, das prosas chatas, dos risos de piadas nem tão engraçadas. Eu não riu mais com alguém do lado. Qualquer coisa hoje é o máximo. Fico só. E isso não é tão ruim... O_o"



8.9.09

Piscar - 02


"Tu me esconde em teus encantos
me perco nos teus cantos
e te faço a melhor das melodias
Eu apenas te amo
e espero que seja assim, sempre."

PS: [momentos de vergonha]

30.8.09

Piscar - 01


"Alguns instantes ficam pra sempre
outros somem com o acabar do dia
por isso te faço junto a mim
para poder recordar
breve tédio acumulado."

...são aqueles que acreditamos de olhos fechados. Os amigos.

29.7.09

jogo rápido.

[...e nesse meio tempo as notícias correm como vento. Espalha-se em qualquer direção e me afeta sem muita dificuldade. Essa mistura de gostos transforma o que agora já não é mais. Sabe... Estou em parte alegre por essa perspectiva nova de realização de desejos, contudo, há fatores que não me deixam estar por completo e aí surge o pesadelo. Sempre desconfiei de algo aqui ou aculá, mas nada tão visivelmente transparente. Cara dura! O que me importa agora? Tudo na verdade. Sobretudo não tomo atitude pras coisas não piorarem...]

25.6.09

É de lágrima!

...quando olho a volta fico tonto e perco-me nas (im) e probabilidades. Talvez para ser feliz é necessário um pouco de mentira, ou melhor, omissão. Quando se quer construir uma fortaleza considerável é preciso muito paciência e uma lista imensa de ingredientes. Não me vem ao caso. Fico naquele medo disso cair sobre mim. Mas na verdade meu outro medo ainda é maior.


Eu e Ela


Quando eu comecei percebi que Ela já queria terminar. Ainda consegui dizer altas coisas, mas parece que seu ouvido estava em outra. Houve resquícios e Ela me respondeu numa pergunta.
- Eu não faço suas vontades?
E ficamos num silêncio infernal. Aí a discussão girou em torno do silêncio que nos abatera.
- Vai ficar quieta ainda mais?
- Decidimos ficar, não?
- Não entramos num acordo em ficar. Eu fiquei por sua pergunta... Esperava que você iria quebrá-lo.
- Mas ele é bom para refletir...
- Nessa situação silêncio demais pode nos levar a um "nunca mais falar". Sabe do que estou falando!
- Não. O que é?
- Término.
[ um silêncio imenso ]
Ela disse depois de me olhar:
- Já vou.
- Vamos ficar desse jeito?
- Estou farta disso por hoje.
- Lembro-me de você dizer que gostava de resolver o quanto antes.
- Devo ter dito, mas não hoje.
- E quando irem...?
- Não sei! Boa noite!
- Isso quer dizer o fim?
- Você quer dizer isso?
- Não. Mas pode se tornar a melhor maneira.


É um fim trágico e indesejado. Torço para que isso melhore. Realmente!




Foto: Guilherme Santos






27.5.09

INFORMATIVO (a partir de Lutero)

Ontem no Jornal Nacional (Globo) foi apresentado o primeiro capítulo de uma série (Os Evangélicos, “com vinheta de divindade”) que fala sobre as ajudas sociais que as igrejas – religiões – protestantes fazem em sociedades tanto capitais como interioranas. Primeiro: iniciou-se devido ao fato delas não conterem tantos fiéis e assim, não serem divulgados à população geral os benefícios de se recolher o dízimo (dinheiro) tão falado – atentai para a imagem do saquinho azul mostrado ou as bandejas de alumínio conhecidas por todos. Segundo: possivelmente para crescer o quadro de pessoas adeptas a tais (porém é estranho a Globo fazer isso, cairia melhor para a Record, não?!). Sobretudo o que mais achei estranho foi um fragmento que tratava de uma aldeia de índios e de, primeiramente, dois evangélicos que vieram da Inglaterra para o Brasil ensinar dogmas e ideias para um povo indígena (que mistura de língua!), daí eles conseguiram mais ajuda e expandiram o negócio. Assim, a tribo perdeu seu pajé, logo substituído por um pastor; a tribo iniciou um processo de aprendizagem à leitura e escrita, do português; suas heranças culturais – mostradas em imagens – viraram ritos escolares em comemoração a datas, trabalhados por aquele senhorzinho que não desiste; as crenças que antes eles acreditavam foram trocadas por um Deus onipotente, onisciente e onipresente… Não é estranho? Essa imposição de uma cultura sobre outra? Essa troca alegando haver uma cultura superior a outra, ser a certa e levar ao caminho da benção? Fico me questionando e pergunto a você!
Não digo que é errado ajudar comunidades carentes, perguntar se está apto ou apenas com uma vontadezinha para conhecer nova cultura e depois avaliar se quer ela pra si ou não. Entretanto forçar algo do tipo e ser mostrado com um sorriso na cara não é uma coisa muito agradável, pelo menos pra quem tem consciência de que isto está acontecendo. Eles possuíam?
William e Fátima me surpreenderam. Os sorrisos ao fim foram de comemoração... Será que estava escrito naquela telazinha que eles leem para darem tais sorrisos? No chamado telepronpter?! Vai saber...

26.5.09

Dita...

“Passarinho que come pedra sabe o cu que tem”, mas todos chegam a um limite e não suportam mais tanto sofrimento. Imaginem receber simultaneamente chutes, pauladas, choques etc.! Imagine ser cuspido e queimado, estuprado, colocado a boca e o nariz na descarga de um carro. E tudo isso para o bem da sociedade e ordem de um país de merda.
Enquanto isso os sulinos conversavam do milésimo gol de Pelé e a extraordinária performance de Rivelino. E nada mais... Quem tentava salvar a União de porcos imundos que proibiam a liberdade eram mortos, sumidos e o pior: torturados. Naquele momento a morte provavelmente era o melhor bem. Tanto para não sofrer horrores como para não entregar colegas...
Imaginem! Doe até imaginar...
Eu decretaria a busca dos idosos que participaram de tal ato macabro... Buscaria aqueles que batiam, cuspiam e daria o troco. Recompensaria e faria jus a ideia de terroristas que lhes foram dados. Seria tão irracional quanto. Mas sei que não compensaria em nada... Os que deveriam estar vivos para participar ou assistir já não estão.
Só pensamos em violência como solução. Não passa de problema!
E Tito dizia antes de se enforcar: “...assim externarei a lembrança de um passado sombrio.”. Por que a cadeia dele foi a pior... E pra se livrar bastava não mais existir.
Batismo de Sangue. Excepcional!
[Ficamos assim sem nexo...]

22.5.09

Hoje sei realmente.

O mundo torna-se engraçado pelas situações que ocorrem. Por que essa aproximação toda? Por que teu método estranho para conseguir algo? Basta-nos de tanto bobagem vivida e tanta vida transformada em bobagem. O que quero certamente não é o que desejarei amanhã... Mas isso não impede d’eu hoje pedir para gostar amanhã. Quando queremos algo com muita vontade ou apenas vontade, conseguimos ter. O que falta a todos é coragem pra encarar os riscos e os desafios que supostamente aparecerão. Então, porque não viver o que te dá prazer? Porque não decidir o que é melhor ou não pra você? É tanto que não conseguimos controlar. É tanto que ficamos numa dúvida cruel.
Hoje eu quero... Certeza! E certeza que hoje quero que amanhã seja o mesmo gosto que hoje. Por fim, desejo um fim belo... Com o drama do passado, o gosto do presente e a vontade de futuro.




20.5.09

Pós-filme

E não percebemos mais que 50% do que está a nossa volta. Não aproveitamos os segundos infinitos capazes de transformar uma visão de mundo, uma vida. Não nos arriscamos o suficiente para salvar vidas, nem para cuidar da que temos... E zelar pelos outros. Erramos o tempo inteiro e reclamamos dos erros que avistamos – dos outros. O espelho não atinge a nós... Não nos revelar, nem mostra o reflexo de quem somos. Apenas copia o extrato superficial da nossa pele e nós já achamos o bastante para dizer: “-Belo!” ou “-Nem tanto.”
Deveríamos correr mais na chuva, respirar pensando na respiração, beber água em qualquer temperatura e em diversos recipientes. Sentir o vento gélido do fim de outono, e o sol que aquece os sentimentos do inverno. Pensar na visão de um pássaro pousar no fio de alta tensão tranquilamente. Na comida no prato e sentir os gostos distintos. Transar num cardápio diferente, com amor, por apenas sexo, no escuro ou no claro, na rua ou em casa.
Deixamos de fazer e sentir mínimas coisas. Deixamos de viver nossa vida planejando em como será o futuro. Talvez fosse necessário um acordar para o presente... Um aproveitar o que temos e podemos agora.
Viver intensamente. Deveríamos viver.

13.5.09

Da idade da liberdade [?!]

"Tristemente passo daqui pr'ali.
Despeço-me do "de menor" para o temido "de maior".
Recebo mais responsabilidades e cobranças.
Perco a visão de infantilidade.
Cresço.
Ao menos no documento.
Fico velho e as rugas me traçam."




"E agora? O que eu espero e o que me espera?"

O_o


...respire ¬06 [de vergonha!]


"Eu poderia citar Álvares ou Shakespeare, ou ainda mais roubar as palavras do meu irmão, mas mesmo assim cairia na rima de coração. Absurdo toda essa minha ideia e ainda mais minha cara de pau, o que não faço em poesia, em prosa ainda não é nada especial. Parei com rimas ridículas ou coisas assim, mas como o poema de Cecília o amor não tem fim. Por isso minha querida posso me sujeitar ao ridículo, mas por você acreditaria até em deuses do Olimpo.
Sabes das minhas disposições e de como eu sou, só te pergunto se és a garota do Roberto que dirige em disparada e que acho que posso conquistar. Porque se for, mais que alegre eu vou ficar!!"



Depois dessa minha ridícula declaração corri contra o tempo pra mais uma vez passar vergonha... Nunca senti tanta queimação no rosto quanto daquela vez... Tanto é que "Morena", de Los Hermanos saiu meio mais que desengonçado. Enfim, ainda não cheguei ao fim.



Ainda descontarei Thaís (e Janna e Marília).

9.5.09

...nada mais.

Aquela tarde estava se prolongando pro resto do que eu chamava de vida. Não parecia melhorar, mas nem piorava nada. Era uma parada (brusca!) de toda a correria atual. O lago duplicava o sol, a grama grande cercava-me que continuava ali sentado. Atrás, apenas o passado e a locomoção para um futuro. Deixara tudo atrás. Tudo que eu havia construído nesses anos longos e cansativos. O que eu realmente queria dali pra frente? O que queria apagar, reconstruir ou conciliar? Aquele ser só possuía cinco dias de descanso do estresse em viver com pessoas em volta. Mas no fim, como uma previsão, ficará tudo a mesma coisa.

É só expectativa de algo que sei que nada mudará.

2.5.09

Não distante da realidade (ou Braquiara!)

Mesmo com o uso fiquei realmente aqui. E antes acreditava que mudaria totalmente. Nada disso... Depois de trinta, não exatos, minutos meu corpo desmoronou. Nem total... Apenas fiquei com sono, pedindo cama, colo ou até mesmo o chão. Era álcool sugado. Era apenas cinzento. Era menor do que meu dedo mindinho. E me deixou assim! Com mais frio do que o normal. Um vento parecia uma ventania. O lago já era grande demais. A cerveja já estava doce. Minhas pernas tremiam, meus dedos, minha cabeça pesava mais que o corpo. Parei... parei numa das estradinhas de terra batida... Estavam todos em volta. No lago, na árvore, no morro. Sentei, deitei... O sol na cara, sem nuvem. A terra quente nas costas, sem dor.
Apaguei.
Cazuziano, ainda faz efeito!

25.4.09

Decepção ou traição de última hora

O acontecido foi comigo. Na verdade eu estava presente, mesmo que por uma fresta na parede de madeira. Do lado de cá tem um corredor no escuro, até porque o horário deveria fazer todos dormirem. Mas descobri que não estão dormindo, pelo menos nós três.
Talvez a dor que eu sentia naqueles minutos seria capaz de arrebatar a tlerância e fazer agir como um louco. Com uma faca em punho, um chute na porta e sangue e morte. Sobretudo desde sempre fui fri. Achava melhor agir de maneira consciente. E nesse caso... O indesejado da históoria sou eu.
Era inverno e tínhamos decidido viajar até o sul. Ver a beleza de um canto até então desconhecido. Ia eu e minha namorada, como num passeio meio que lua-de-mel ou algo parecido, mas aí meu irmão pediu uma carona até metade do caminho, tinha uma entrevista para um novo projeto. Cedi... Não, não sou tolo. Vi nos olhos dos dois que havia algo mais. Naquela época gostava de testar a confiança e as próprias pessoas (não gosto mais). Acabei me dando mal, ou não... Fui livrado de alguém que não gosta de mim.
E o começo foi assim...
Agora estava para com o olho na fresta da parede de um hotelzinho interiorano. Lá dentro estavam os dois... Transando! E parecia ser uma transa bem gostosa.
Esperei até o orgasmo para depois me retirar. Não tinha mais nada a fazer ali.
Peguei meu carro, minha mala e minha vida e os levei para qualquer outro lugar.
Assim, sem adeus!

12.4.09

...respire ¬05 [humpf!]

Basicamente o resumo do que aconteceu são desagrados e agrados errados. E a briga tornou-se inevitável... Poderia ser algo rotineiro que depois de algumas horas voltasse tudo ao normal. Ainda pode ser, mas as coisas ficaram estranhas. Teu sorriso não aparece, meu semblante não ri. Meu pensamento egoísta, teu pensamento manipulado. Nossa vida assim... Com um rumo estranho, sem a combinação de ideias e pedidos dos dois lados. São nesses momentos que o medo de perda aparece. E depois?! E ficaremos assim?! Pois bem... O ônibus já chegou.


Mas eu te amo!



27.3.09

Uma vez e outra.

E por mais corrida que esteja a vida você percebe as minuciosas situações peculiares que nos são apresentadas. Dias você observa aquela borboleta que para na sua parede fazendo-te crer que algo irá acontecer... Não importa como ou quando... É como aquela ideia do bater de suas asas e um furacão do outro lado do mundo. Ou talvez observa o gato afável brincar com a amedrontadora esperança – aquele bichinho verde que nas garras do bichano é delicada. Mais engraçado ainda é quando percebe que olha pro molejo da grávida, ou pelo andar engraçado da senhorinha vizinha. São essas coisas que nos distraem... Ou é assim comigo. E peço mais dessas situações... Sugiro que tal... 24 horas de pura despreocupação e observação do mundo. Hoje demoro a fazer tais questões... Tais ocasiões belas de se vislumbrar. Eu ‘tô crescendo – natural – e quero ficar pequeno. Sei como se dá aquela frase de adulto quando dizem querer ser criança... Tudo é mais divertido. Com um sorriso na cara... Hoje nos forçamos a rir e por muitas vezes nós é que utilizamos o vermelho no nariz e não achamos graça nenhuma em tudo que cerca. Não pensava assim até dias atrás... Já cansei das coisas. Saturou! E parece que meus sonhos esvaíram-se...


- Ou eles só mudaram e você ainda não percebeu!
Anita diz.


16.3.09

...coisa do instante de domingo.

Talvez seja coisa de momento e/ou personalidade. Torço para que seja a primeira opção, mas caso não for pra que se estressar e brigar por algo inútil. Não o ser... Todo o assunto – inventado. Além do mais temos outros tantos para explorar e cada um desse tanto são tantos que faltará tempo para dedicação e conhecimento. São nesses momentos prazerosos de descobertas que descobrimos a importância de todos esses – mesmo que minúsculos – fatos e dias e horas. E no dia atrás fomos a qualquer distância buscar a alegria e o conforto que sabemos que em qualquer lugar encontraríamos (um pouco excessivo demais isso). Amo-vos muito. E depois desses instantes a coragem que temos para encarar o mundo parece crescer. Óbvio que queria mais... Mas mais não nos é permitido!

10.3.09

...respire ¬04

“E agora o máximo que conseguimos é a transmissão de vozes. O contato esvaiu-se em toda essa distância e esse é o primeiro respire sem toques. Você longe, só, e eu aqui, com todas as minhas dúvidas e certezas. E minha imaginação fértil esperançosa. Quem sabe um encontro no corredor frio e escuro?!”


Depois de datas sem nos ver saio de casa pela manhã na esperança de traçarmos as nossas pernas, braços, beijos e amores à noite.
[...]
Minha mochila ainda nas costas, toco sua campainha, você – num de seus costumes passado - corre escada abaixo e me vê atrás daquelas grades. Vejo a princesa de qualquer conto. O portão aberto assim como todo o meu corpo. Saímos da claridade oferecida pelo começo de tarde e adentramos no corredor frio e escuro. A mochila cai. Meus braços caem. Tu sobes. Meus lábios nos teus seios, minha orelha na sua boca. Teu sussurrar molhado, nossa pele molhada. Teu corpo nu, minha boca cheia. Minhas costas arranhadas e vozes alheias de aproximação. Abres a porta, catamos as tralhas. Sentimos a brisa que vem da porta aberta. Os olhos que nos vêem, as bocas que abrem e meu pedido de licença. Tu ri, eu gargalho. A porta fala perplexa.
[...]
Nossos corpos encaixam-se...







PS: Não gostei desse texto. E estou sem outros.
Foto de Paulo César.

6.3.09

possível!

Acordei só. Havia nada ao meu lado, ninguém. Percorri meus olhos pelo quarto de paredes brancas e nada. Restava a brisa que refrescava o ambiente. Incolor. Levantei assustado pela aquela situação e procurei nos cantos algum sinal de respiração além da minha. Achei somente o ronronar do felino que se entrelaçava entre minhas pernas. Sentei no batente da porta e pensei. Só. Aqueles minutos eram mais eternidades. Depois de anos vejo-me perdido no lugar que sempre vivi. Sinto-me assustado por ninguém estar ao meu lado quando mais preciso. As pessoas tornaram-se independentes e eu segui os passos inversos. Escuto meu nome sendo chamado... Num tom de socorro, num grito aliviado. Corro, traço as curvas da casa. As janelas fechadas, o portão semicerrado. Penso: devo estar partindo pra um lugar mais confortável... Só pode ser mais confortável! Nestante deve ser meu último jantar. Só. E as velas não serão mais acesas. E os pratos ficarão sujos... Assim como meus pensamentos. Teus pensamentos. Não haverá coisa alguma. Partirei para o encontro de alguém... “Alguéns”! Vou respirar tranquilo... E o peso que hoje é depositado nas minhas costas cairá junto. Virará pó... Ou passará para outras costas. Eu só quero que tudo se esfrie!

...Acordo sobressaltado. Febre, 40°.

22.2.09

...agora nem meu cigarro tenho mais. Acabaram todos numa tarde fria e chuvosa de um verão preocupante. Avesso. Meu conhaque de marca ruim está esparramado pelo chão molhando o tapete caro de lã não tingida. Meu computador quebrado num canto distante da casa me faz usar a máquina velha de datilografar... Entre canetas e tinteiros. Só por aquele aspecto poético que tanto desejo. Estou completamente acabado... Misturado a tanta beleza esparramada pelo chão nu, seguindo seus traços nus. Escrevo textos curtos e tristes. Transcrevo a cena que vejo... Reflito minha vida. Imagino teus afagos na minha nuca, teus gritos pela sala e arranhões nas minhas costas. A palavra que sairá da tua boca. Não será adeus... Espero que seja apenas um "até logo!".
Espero-te! Ou melhor... Espera-me!
[enquanto escuto I'm Yours de Jason Mraz]

9.2.09

...respire ¬03









...enquanto o toque me envolve e essa voz melosa como se sussurrasse ao meu ouvido, deixo-me estar em qualquer lugar que queiram por mim. Agora depois de barradas e barreiras, quase morto sinto que estou no céu. Se o céu tiver todas essas formosuras que me rodeiam. Deve ser... Devo encontrar Deus numa próxima esquina, por de trás de uma porta bem trabalhada, sentado na sua poltrona e também rodeado de formosuras... Ah! Formosuras. Com todos esses sentimentos a flor da pele, transmitindo através do toque essa sensação gostosa de viver. De descarregar toda a energia e pedir afagos para poder recarregar. E a rotina seguindo exatamente com a batida da música, feliz! Ah! Formosuras... Que estão em todas as partes, como veio no início, sem proteção, sem vergonha de ser. De estar e me tocar, assim como toca os meus queridos. São belas essas criaturas que me carregam e não me solta jamais... E mais belo ainda é poder ver o brilho em seus olhos, a felicidade que eu também lhe aplico, o gozo que as fazem sorrir.
Foto de José d'Almeida e Maria Flores

6.2.09

Obrigado pelo Floratil

Não é uma coisa de hábito entre a gente. Temos essa ligação que não podemos escolher no nosso sangue, mas não reclamo se pensas que é o que eu estou fazendo. Não! Agora digito aleatoriamente frases que me vem de "supetão" na cabeça. Natural... E queria deixar aqui de alguma formar o presente que você me deu... Aquele vaso de Floratil em cima do meu raque. Pra que serve mesmo? Mas não é isso o que importa (e como disse num comentário, o que importa?!). O quarto que via, não era o mesmo e não será! Parece que eu estou zombando?! Não é essa intenção. Sinto falta do preenchimento, mesmo que desagradável algumas vezes. Agora estava branco, com traços pretos mal feitos, um tapete, o "circuladô" e o espelho... Já era eu que refletia no meio-dia. Já soava um eco triste em meio a brisa que entrava pela janela. Agora tornou-se visita na casa. Como se o vínculo fosse diminuindo a cada passo que dá! É complicado percebe o que ocorre na vida. Porém, como dizem: cada um toma um rumo que quer, ou que pode. E você está tomando o seu. Nunca fui um melhor amigo seu, nunca escutei seus problemas da sua boca, mas sempre estive a par deles. Talvez não somos próximos por não querermos nesse momento. Sei que estaremos ligados... Por algum motivo, mesmo apenas como o de agora: o de irmão.
Acho que não precisa de sorte, você tem plena consciência do que é melhor pra ti. Ao menos que te faça feliz.


Abraços.
Felicidades;




4.2.09

Pertubado e já cansado!

Às 5h50min mudo completamente o ritmo do meu dia... E não pense que é pra melhor... Ultimamente não tenho estado melhor (aliás, hoje meus braços doem muito). O que me acontece é pura idade da "responsabilidade" chegando. E eu também não sabia que o inverso tinha data prevista para acabar.
O tempo já é bem escasso. É algo que me cansa e de alegria pouco me traz. Então,... O que fazer sabendo que não mudará durante algum tempo?

Breve e sem gosto!

31.1.09

Talvez fora do cotidiano

Aquela situação era difícil. Declaro que não pra mim. Eu só estava tendo uma noite comum, sentado no sofá, assistindo o já assistido, mas com entusiasmo pra terminá-lo. A casa era da minha namorada, o sofrimento era da minha amiga. A única declaração dada por ela foi “-...morreu!”. Já bastava, os olhos de todos mudaram completamente ao olhá-la. Fiquei sentido; sinceramente não por ele ter morrido (aliás, nem conhecia direito), mas por perceber que aquilo fazia ela sofrer. Como de hábito ou instinto, meus impulsos foram de fazê-la feliz, talvez apenas superficialmente, sobretudo, agora penso se não estaria sendo egoísta, por proporcionar um conflito de emoções. Quero acreditar que foi apenas superficial. Pois bem... Paramos na porta e de lá pude ouvir (mesmo não querendo) os choros e negação de um parente próximo. Paremos por aqui.
Ao redor a vida continuava a mesma. As pessoas não ligavam muito (por não conhecer ou não saber). Momento. Até que encontrei um colega e distribuí a informação. “-Ó como tu fala!” e riu. E ri. Nada de brincadeira, só informei. E aí ele me fez refletir o quanto aquilo é importante para o mundo de outras pessoas. “-Amanhã não terá festa!” foi sua declaração. (OBS: Cidade pequena e respeito). Ele estava alegre e triste. Triste pelo motivo, alegre por talvez prolongar a data da festa ou motivos próprios. Fui pra casa.
No caminho cantei um “flor da pele” e um “13 de maio” mal cantados, admito. O curioso é o aparecimento repentino dessas. Por quê?! Em casa meus pais ouviram-me. “-Descansou!” (Algo que nunca entendi, minto. Descansar pra que e quando, quanto? Eternamente). E comentaram: “-Nós acabamos de assistir Os escondidos...” e adentraram numa conversa de casal. Fiquei só tendo esses pensamentos.
Não é nada pessoal. É apenas curioso e exposição da realidade. O sentimento e a proporção do acontecimento são observados de maneiras diferentes por diferentes. E ainda estamos numa “cidade pequena”.

E tudo isso foi apenas pra dizer: - O tio da minha prima morreu.

Sinto por ti!

28.1.09

"Tu eras perfeito nos teus caminhos, desde o dia da tua criação"

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Resquícios pós-noite. "Só o que restara:
minha taça, meu sangue e o corpo frio."
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Foto de Fabricio Leal

Resquícios de uma tarde minha e de um tal Dom

Fiquei em dúvida como começar, por isso perdão. Então lá vai!
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TOLAS PERGUNTAS
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Pois bem. Tudo passa como antigamente... Os dias percorrem no tempo, minhas rugas vão aparecendo e vou assumindo uma nova forma de vida. Agora perto de fugir da dependência e de inteiramente preocupar-me com meus estados de ser vejo que meu futuro pode não se tornar o que sempre sonhei. Natural quando se é encharcado de realidade.
Como dizem os contos de fadas... Mas nem sempre os fins são felizes. O que acontecerá comigo? O que me espera? Como eu afirmo tudo? Tolice!
A certeza é como a de Bento: “...sei que estou na idade em que a metade do homem e a metade do menino formam um só curioso".
Partimos então!
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DE COMPARAÇÕES FAJUTAS
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Pergunto-me se seria capaz de cometer tal ato que ele não cometera. É reduzido o sentimento que temos em comum. Não sou e estou com tal intensidade. Ele me parece mais instigado e muito mais duvidoso com olhos, lenços ou camisas dele com tons dela.
Quem conhece profundamente as minhas digitais sabe do que estou falando.
Não seríamos capazes de tamanho ato. Ou seríamos? Somos? Eu confundiria aquela lágrima que nem sequer traçou o resto dela no enterro de qualquer nadador? Do nado escondido e com frutos?!
Seria amizade? Haveria algo mais?
Espero não existir um futuro em que eu precise tomar alguma xícara de café como aquela.
Faria eu meu Ezequiel tomar?
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CASMURRICE
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...minha cabeça buscava se concentrar no jogo, porém a todo momento uma ideia nova me aparecia. Restava-me poucos peões e uns de alto escalão, assim também se fazia do outro lado do tabuleiro. Possivelmente já se passara uma ou duas horas ali. De quando em vez o silêncio era cortado por um coaxar ou um recado em alto tom. E as ideias fluíam, ao contrário da bebida que me acompanhava. O objetivo de tudo aquilo era esquecer o que acabara de acontecer naquela noite.
Ao fim, recordo-me apenas de acordar por cima da mesa misturado ao líquido escorrido (era vinho ou esse com lágrimas, ou melhor, nenhum desses. Era pegajoso como aquele sentimento que me abatera).
Eu já não estava mais em mim.

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27.1.09

Quadro d'um instante qualquer

Enquadro essa imagem da minha vida e persisto em não tirá-la de foco. Não é como minha janela que mantém o mesmo morro, mas transforma-se de acordo as estações. Vive fases, mesmo que repita, não será a mesma coisa. Há um pouso de pássaro, há uma folha que cai e outra que nasce. Julgo-me não ingerir nada. Erro-me. Aqui agora enquanto descrevo horrivelmente esse meu estado de espírito (que não sei se existe, entretanto é confortável pensar que sim, ou apenas poético) mudo aquela cor de pensamento por dificuldade em terminar. Fico nesse vai-vem de personalidades... Querendo agradar alguém ou alguma coisa.
É complicado admitir que cometemos bobagens e tudo o que declaramos um dia é chato. Não... Na verdade, nem tanto. O auto-desprezo é fácil... Mais fácil do que buscar um outro enquadramento.
Péssimo. Vomito-me!
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Por esse instante recito isso que penso ser legível. A monotomia abaterá em cima de você quando estiver lendo. Perdoa-me... Nesses segundos que percorro em pensamentos nada de agradável ou interessante aparece. Incapacidade de criar e re-criar. Estou apenas com uma janela aberta, uma mente cansada e uma tarde com nada.

15.1.09

Verão, rotina e as porras

Ultimamente o ar ficou um pouco mais denso. Não sei bem o motivo que causou isso. O clima sim continua o mesmo de outrora. Não é o verão dos sonhos, mas sobrevivo com uma porção pequena de felicidade que não sei de onde emana. Tudo me corre rápido – demais – e não tenho tempo suficiente para preencher todas as lacunas de minhas ideias ou colocá-las em prática, o que seria o mais importante. Não sendo terminadas não passam de ideias... Deve ser.
Não ‘tô com os pés em areias ou em águas frias (estranho para a época). E digo que queria sim... Aqui não passo de sofás esquentados, chuveiros e TV’s. Nem tenho expectativas para dormir, sei que amanhã será uma cópia. Vai ver um besouro mude de posição ou o clipe da hora fique noutra colocação. Quem sabe?
Apenas gostei:
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A Rotina
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A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O início é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho é o oposto
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A rotina do jornal é o fato
A celebridade é a rotina do boato
A rotina da mão é o toque
A rotina da garganta é rock
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O coração é rotina da batida
A rotina do equilíbrio é a medida
O vento é a rotina do assobio
A rotina da pele é o arrepio
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A rotina do perfume é a lembrança
O pé é a rotina da dança
Julieta é a rotina do queijo
A rotina da boca é o desejo
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A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza
Toda rotina tem sua beleza
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Do comercial da Natura
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Releve.

Talvez.

Dia após dia percebo a mudança que forma uma crosta em mim. Hoje é difícil saber se é bom ou ruim, certo de que pro passado exista uma definição entre as opções, porém não sei se ainda quero mudar ou isso que vivo já pode ser o melhor. Isso aqui não faz sentido. Desisto... É hábito nosso entrar num ciclo, por vezes de aparência diferente, outras nem tanto. Isso deve ser a vida, e nada além. Ter que experimentar, experimentar e concluir... Não sei bem, mas o que eu disse fará algum sentido num dia.



Ou não.

11.1.09

...escrúpulo bebido.

Eu acabara de abrir os olhos quando não queria. A história que me rodava era - é - curiosa e fazia-me não parar de querer sonhar. Identificava-me com aquele herói nacional - não sei se o termo herói é o mais apropriado, mas era o que achava. Suas características, suas olheiras de mau sono, seu copo e corpo vazio. Sua ira diante a possíveis traições. Essa era a parte em que no momento que acordei eu contemplava. Uma história de amassos mal trocados. Estava perto do ápice, mas um foguete ou uma pedra que jogaram, sei lá. O importante foi a interrupção. Maldito seja aquele que jogou ou quaisquer que fosse.
Voltava para a minha cama e como lido: "...ofícios do homem é fechar e apertar muito os olhos, e ver se continua pela noite velha o sonho truncado da noite moça." Mas não veio. E não vi o rosto daquele infeliz - naquela, feliz por estar amassando - que amassava a donzela (que disso nada tinha). Percebi a raiva que me subira e adentrei a madrugada rodando ponteiros para intimar-lhe a contar se algo acontecera de fato.
No fim eu apenas gostava de me agarrar numa dúvida. Nada mais...

8.1.09

...respire! ¬02





Sorriste do meu desejo?
Loucura! bastava um beijo
Para neles se morrer!














Trecho de Seio de Virgem de Álvares de Azevedo