27.9.11

Pânico!


Depois de uma maratona de Pânico (Scream) percebi que de fato estava errado numa de minhas frases em conversas alheias: “- Vale rever!” Não, não vale rever. Apenas veja. Assista uma única vez e não faça esforços para vê-los avidamente. São toscos. Os vilões são cômicos (o que certo modo é bom, caso necessite de um filme para rir, quem sabe); as mortes são, também, toscas. Os órgãos expostos deveriam ser escondidos de volta. Sidney parece um gato, e em vários pulos sobrevive. Na contagem, faltam apenas mais três chances. O tira e a repórter entram na barca e sempre desgrudam da morte. E voltando a eles, os vilões... Creio que no cinco o cachorro da vovó será o assassino, junto com o recém nascido primo terceiro que estão revoltados por não serem incluídos nos filmes anteriores... Correrão atrás da mocinha que não é tão moça assim mais, e como ela tem um saldo de três vidas os dois serão mortos com uma faca de serra cega. Esse sim seria o ápice de toda a sequência...

11.9.11

- infortúnio


Hoje tudo lembrou a destruição. Seria esse um dia anormal?
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É quando nos preocupamos com coisas pequenas que algum coisa nos direciona o pensamento e nos coloca de volta a possíveis realidades. Que as coisas anteriores são fúteis o suficiente para enchermos a cabeça. Não me refiro a ferros retorcidos, tijolos destruídos, nem o mar de cinza que cobre o lugar. Até podemos nos corroer com as possibilidades que inventamos e até por imaginar as situações e reações que ocorreram no momento, mas agora o que mais me aflige é saber que estão sofrendo. O sofrimento do outro me traz sofrimento. Quando se trata dos próximos a dor ultrapassa distância e nos abate por corpo inteiro. Não sei qual a reação ou o que devera fazer agora, nem quais palavras eu poderia tentar balbuciar, ainda atônito. 
Nesse momento o que meu corpo responde são singelas lágrimas que escorrem por entre as maçãs e as bochechas. Agora eu sou nada.

ps: quando avaliamos de longe tudo parece pequeno, mas isso pode nos causar grande destruição quando já estamos frágeis.

Coldplay - don't panic

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Explosion Medley




Sam Tsui


PS: Achei válido. Muito legal!!!

11 de setembro

Aquela manhã as pessoas subiam para a morte. O sol irradiava sua beleza por entre as esquinas da cidade, os prédios e as irmãs que se projetavam naquela cidade. Os seres que ali estavam, acordaram em meio a despertadores, abraços e beijos familiares; pegaram seus carros e táxis para baterem o cartão na rotina fadigante que estamos todos presos, com o simples interesse monetário. Desperdiçando o tempo com papéis, obrigações, estresses... Vendo passar pela janela seu tempo útil aqui na terra. 
Naquele momento viam o avião se aproximar e ver todos os seus planos e futuro serem jogados pelo ar. Estavam destinados a nunca mais descerem.
Todas as cores que emanavam naquela bela manhã tornam-se um mar cinza, onde nada mais era distinguível, onde o mundo caía sobre nossas cabeças.


Aos 10 anos de todas as mortes.

10.9.11

jump.

A brisa passava por entre as retas da cidade, no alto, nos topos de nossas visões. O mundo lá embaixo respirava impaciente, seu turbilhão de movimento compõe o fim da rotina humana. O tempo se esgotava para o término da semana; parado aqui na cobertura meus pensamentos são vazios, por incrível que pareça, é composto pelo de sempre, pelo minha modesta fuga da realidade. Não quero descer, não quero ter que olhar em faces de mesmices, de homens machistas e seus diversos esteriótipos, nem para mulheres bonequinhas, fúteis, desprezíveis. As pessoas que normalmente vivem nos apartamentos abaixo, nas casas espalhadas, nesse mundo babaca habitada por macacos.
Porque temos que engolir tantos sapos? Abaixar a cabeça e fingir uma excelente convivência. Não aguento, meus nervos estão tensos, minha vontade é mandá-los todos para a puta que pariu, talvez assim seria melhor, sem as vossas existências. Saiam de perto, saiam de mim!
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Nesse meio termo entre o salto e o chão meu reflexo na vidraçaria do prédio mostra um eu triste, cabisbaixo, insatisfeito. Quem dera eu ter coragem, ter vida e ter o mundo.

Jamie Cullum - 21st Century Kid

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6.9.11

O que de direito temos?


"O governo lamenta ter que tomar essa decisão, (...) com o intuito solidário para com os outros” – ensaio sobre a cegueira.
A solidariedade proposta por tal governo é sem questionamento de aceitação para os afetados, visando um afastamento dessa população contaminante, buscando uma salvação do restante da sociedade. Esse poder estatal é de maneira radical e tirano, excluindo indivíduos das mais básicas necessidades de bem-estar, saúde, alimentação e liberdade.