16.3.11

dos pensamentos que não fazem sentido e tento criar conexão!

Enquanto revisito pensamentos de escolhas e superação, a Lua me aconchega com seu límpido brilho. Numa situação primeira ela visita minha janela com todo o seu pequeno enquadramento do céu. A possibilidade jamais percebida é apreciada com entusiasmo, e por incrível, ela parece não se locomover, recusando-se a me deixar. Quais as chances disso acontecer novamente? Quais as chances d’eu, lívido, presenciar tal cena com tal espírito da alma?
Um dia desses pensei na possibilidade de algo me acontecer novamente como já acontecera. Remota... O que me leva a delimitar e tomar decisões... Isso que vivo agora certamente é único, e proveitoso, mesmo não sendo onde deveria ser. Mas quando estarei disponível dessa maneira? Traçar esses planos que me perturbam hoje? Talvez eu deva aceitar o que me é ofertado e seguir em frente, vivendo e, apenas vivendo o que aparecer pela frente. Ou estudar meus casos e partir para o que espero que me espera.
Agora, ela se esconde rapidamente como um piscar de olhos por detrás das nuvens.

Poema da Aluna G. para a Prof. C.

APARE CIDA SORRIDENTE
QUE FAZ NA GENTE
IMPRUDENTES, POIS
FICAMOS DORMENTES
EM SUAS AULAS
NADA ENVOLVENTES
CIDA INDELIQUENTE,
PORQUE FAZ ISSO
COM A GENTE?
NOS DEIXA NUM
ESTADO CARENTE,
SEM INTERESSE
APARENTE...

Num momento especial de nossas vidas!

5.3.11

nota de um perdido - a chuva

"Os estrondos prenunciam um majestoso temporal, e o vento frio, com respingos de chuva, nos trazem à tona um grandioso espetáculo: 'A tempestade'".

De repente fui abraçado e envolvido por um calor que logo percorreu todo meu corpo. A princípio assustei muito, não havia ninguém na rua, chovia forte e de repente aquilo. Fui rendido de surpresa, mas tão logo fui levado por sua afável força. Só assim então, retribuí-lhe o afeto, me entreguei e me deixei ser levado.
Era tudo luz e calor, vindo diretamente das mãos fortes de Zeus, me arritimava o coração, com ataques esporádicos que tão logo me arremetiam a realidade. Mas naquele momento toda preocupação com o tempo, com os outros, com o jantar, com o trabalho, com o pneu furado da bicicleta, no que diria por me atrasar, tudo, simplesmente devaneava ao longe, como um passado distante, que agora não mais interferia no curso das coisas.
Tão breve e inesperado veio, como também se foi, a luz se apagava e o calor bom que me tomara dantes, agora já se fazia entender como o início triste e furtivo de carne tostada por toda sua energia. A palpitação contentosa, agora já se dava em espasmos de adrenalina que meu corpo emanava ao tentar normalizar minha pulsação descontrolada, meu respirar dificultava-se, tão logo me entreguei, ali mesmo, naquele cruzamento de rua, fechei os olhos, e o que sobrou foi meu passado estirado. Agora era espírito livre.

Texto por Jesimiel Salles
cedido por e-mail

1.3.11

Medo

Perco-me nessas noites quentes da minha casa que não é tão minha. Perco-me nesses meus medos de arriscar e permito-me continuar no que estou agora sem nem ao menos saber como fazer isso. Perduro nessa situação a mais de um dia, uma semana, um mês. A cada entrada em um novo período de absorção de conhecimento isso me acomete e fico nesse estágio de quarentena até que me habitue com tal “sacrilégio”.
Andei lendo um livro, em geral, tosco! Mas que ali, perdido entre algumas frases, uma soma de poucas palavras me abalaram e me fizeram adentrar nesse pensamento de mudar e ir à luta em busca de algo que realmente me satisfaça. Entretanto, o medo novamente aparece e acaba com qualquer insinuação de tentativa. E fico, fico, fico... Choramingando migalhas que não tenho. Discursando um texto conhecido a um semestre atrás. Lamentando não ter feito uma escolha mais razoável no início.
Quando amanheço na cama quente dessa minha casa que se torna ainda menos minha, analiso quais são minhas opções, o que isso vai acarretar no futuro, que bater de asas posso estar escolhendo agora verificando as alternativas de vendavais que isso possa vir a ser no futuro. Levanto-me, e não mais feliz, ponho-me para fora. Agora o que me resta até uma decisão ser tomada é curtir segundos com específicas situações que me crio e me deixo criar.
Esse é o meu desgosto que não recomendo é circunstância alguma. Arrisque e não tenha esse medo infantil.