31.12.11

11 - 12

Agradeço os ocorridos nesse ano de 2011. Olhando pra trás percebo o quanto cresci e ajudei outras pessoas a crescerem. Alguns aspectos ainda são defeituosos, mas já percebidos. E vislumbro um bom sonho de 2012, com realizações conseguidas, um aprendizado gigante sobre qualquer contexto vivido e que abram nossos passos para o 13, 14... E afins! Feliz ano novo!!!

(E os três caroços das três uvas enrolados no dinheiro!)


Retrospectiva Multimídia 2011

Então... Sou um assíduo telespectador do que acontece nas TVs e cinemas e, de um tempo pra cá não muito, - culpo meu dispêndio exagerado com afazeres acadêmicos - um leitor. Assim como navegador nas horas vagas pela internet. Como guardei cuidadosamente os seriados assistidos, assim como os filmes (aí ao lado direito), além dos livros, catalogo aqui o que de melhor, pior e assim assim ficou guardado tanto no HD cerebral quanto no HD digital. Segue em "mais informações".


26.12.11

Ao meu menino Jimmy.





"Ao menino dono da casa e da beleza que se foi essa madrugada deixando um enorme vazio no nosso peito."
(Jimmy Hendrix 2003-2011)

9.12.11

Filosofia de um Gordo Paulista

Tenho um amigo meio estranho, meio gordo, meio trabalhador e agora meio etilista. Desde sempre mantenho uma admiração gigante - proporcional ao seu tamanho, suspeito - por ele. Teve uma época que mantinha um contato direto e constante quando morava na minha/nossa cidade. Agora, ele lá em Sampa, bebendo em todas as esquinas possíveis e eu aqui, em Ilhéus, estudando em todas as salas possíveis (creia!)... Mas então... Ele, além de tudo isso, tem uma alma de escritor. Mandou um início de livro intitulado BOOK (criativo!!! -.-) pr'eu avaliar, ainda não respondi! E diariamente manda alguns sms com suas comediantes frases, ou nem tanto assim, relatando suas leituras, ideias e comentários a respeito da vida e do mundo. Tive a ideia de colocar aqui esses pequenos posts intitulados como: o mesmo título desse. Uma demonstração de carinho que estou fazendo (oowwnn). Então é isso... A partir de hoje irei colocar esses trecos à vontade. Até.


"Década de 90: 'Salvem as baleias!'. Anos 2000: 'Salvem o planeta!'. 2011: 'Salvem o Euro'."
gg.
- constatação perspicaz! 

28.11.11

leo


Numa fotografia bela como homenagem, um colega a intitula Flores e Silêncio, o que nossa cultura propõe nesse ritual nostálgico que enfrentamos ao lado do nosso ente querido durante aquele período de tempo e depois o veja sendo deitado no desconforto da terra. Suponho que as flores sejam em forma de homenagem por tudo o que foi feito por ele e, como diz uma frase alheia, “são a primavera da vida que floresce na eternidade”. E o silêncio é nosso singelo respeito, é o que nos faz relembrar e fazer escorrer pelo canto da face a gota de nossa tristeza.
Éramos próximos pelas circunstâncias da vida, compartilhávamos momentos uno de experiência, assim como aqui estamos fazendo, e como num piscar a beleza do movimento se esvai. Resta-nos a dor de lembrar e de ainda não acreditar na possibilidade disso ter acontecido. Mas, de fato aconteceu meus amigos. Sei o quão duro é aceitar a ausência do outro, permitir que lhe tire por entre os dedos a delícia da convivência e tentar seguir adiante depois do ocorrido, mas me proponho a não deixa-lo sair de minha mente, a trazê-lo em diferentes momentos para próximo ao peito e trata-lo com seu merecido carinho e honra.
Como numa frase que sempre brinco, digo: “ele cumpriu sua sentença”. Mesmo indignados fiquemos por quem dita a vida, por ele não merecer fim tão rápido, por supostamente ter todo um trajeto a ser percorrido, paro e reflito naquilo que ele fez. Não me perco em tempo para reclamar da foice, mas dedico-me exclusivamente para refletir o quão saborosa foi sua passagem aqui conosco e como será vívida suas ideias e ideais para o tempo que também me for concedido.
Apego-me ao budismo e cito que “se nos lembrarmos da inevitabilidade da morte, geraremos o desejo de usar nossa preciosa vida humana de modo significativo”. Acredito que ele procriou muita significância nos seus passos, com sua perspicácia, inteligência, educação, por disponibilizar a troca de experiência, por nos persuadir com seus pensamentos, por se tornar referencial de pessoa, por me fazer brilhar os olhos com suas palavras, por me fazer ter uma boa inveja para com seu comportamento. Entretanto não descarto o que ainda poderia vir, mas, novamente, instigo-me a disseminar o que com poucas palavras e demonstrações o que ele me ensinou.
Sou pequeno demais para julgar o que nos acontece a partir desse ponto, não sei o que habita sobre mim, mas afirmo o que também quero como desejo próprio, que minhas palavras, singela sabedoria e minha vida seja relembrada sempre que possível, para recriar sorrisos, exemplos ou mesmo por fugaz lembrança. Soube que no ceu ele foi velado e talvez no céu ele tenha ido, mas enquanto terra o que fiz e o que agora quero fazer a seu respeito é lhe ofertar como flores as minhas palavras para citar seu nome e em forma de respeito, deixo de lado a meditação do silêncio, e peço para que façamos uma salva de palmas para a vida de nosso querido colega, Leonardo.   

27.11.11

Não tenha medo de voar


Numa de suas frases durante o longa, Henry (Macaulay Culkin) justifica sua vontade e liberdade em fazer suas maldosas travessuras – não tenha medo de voar. Num leque criativo ele projeta suas ideias com finalidade de agredir outros seres vivos. Dotado de um egocentrismo e cinismo evidente coloca seus próximos sob controle, e com tranquilidade detêm o poder de reverter qualquer situação a seu favor.
O filme The Good Son (traduzido para o Brasil como: O Anjo Malvado... Por quê? Eu fico me questionando) relata a infância de um psicopata, sem justificativa esperada – como vemos em outras histórias – para torna-se um. Suponho que esse sentimento tenha surgido como uma necessidade em ter o poder sobre as pessoas e tê-las apenas para si. O que encanta durante a aproximadamente uma hora e vinte minutos de história é o modo conquistador e a facilidade em enganar que o personagem possui. Para quem gosta desses perfis de distúrbios mentais (se assim eu posso chamar) é um “prato lotado” para se deliciar em ver, tentar entender e depois discutir.

Integrante de uma lista de filmes que me proponho a assistir relacionado a psicopatia, recomendo para qualquer outro! Assistam. Agora adentra à minha experiência sobre o tema, relatada num dos posts anteriores Meu Peculiar Interesse.

11.11.11

11.11.11

Rola por aí o boato de que no décimo primeiro dia de novembro de dois mil e onze, às onze horas e onze minutos (creio eu que) aos onze segundos (também), será o início da contagem regressiva para o fim e um besta será solta de um portal infernal. Ainda dizem que essa teoria foi fundamentada pelos Illuminati (sociedade secreta da era do iluminismo ou uma organização conspiratória que controla os assuntos mundiais secretamente). Além das intuitivas brincadeiras sobre este número. E um filme com esse título será lançado hoje... 
Sabe o que isso tudo significa? Nada! Até que realmente provem o contrário... Ou não! Vai saber...

Qual a forma acertada do cuidar?


A cultura da saúde mental, antigamente, mantinha um “estufar de peito” por ver seus centros manicomiais cheios, repletos de pessoas sem rumo, sem continuidade na história, sem expectativa de vida. Encarcerados num entretenimento vicioso em mantê-los ocupados com a desocupação, tornando-os doentes constantes, focando o valor monetário e a boa vida no trabalho – entende-se vida fácil e autoritária na rotina.
O filme nos mostra essa realidade degradante que sobrevivia no século passado. Os profissionais utilizavam de uma autoridade para controlar seus bens orçamentários, acreditando estar fazendo o papel orgânico-social-psicológico correto com aqueles indivíduos. A vida que era proposta a esses seres com problemas mentais era humilhante, desonrosa e frustrante de ideias, sonhos e ideais. Não se existia probabilidade de se viver ao adentrar nessas instituições, nos direcionando a ter sentimentos de revolta aos profissionais e compaixão aos internos.

31.10.11

Sensacional!!!

Vale a pena assistir! Muito... A liberdade proposta, a aventura, o jeito de por a vida por uma fita! Assistam em tela cheia!




I Believe I can Fly (flight of the frenchies) - sebastien montaz-rosset

28.10.11

Sexta a noite tem:


"Aiô o chinelo vai chiar...
aiô o chinelo vai chiar...
aiô o chinelo vai chiar...
com o Wilsinho dos teclados,
o chinelo vai chiar..."

Baita Cultura! A gente vê por aí!



Dos três anos que o ZIN (sem o -ho) fez no dia 14.

Como sou um "postador" muito regular e atencioso com as coisas, todos vêem, não percebi que no último 14 de outubro esse endereço aqui fez três anos de existência. E eu queria dar os parabéns para mim (autossuficiente). Coloquei o -ho lá em cima - explicando... - porque eu mantive um blog chamado Heroizinho por um curto espaço de tempo, ou nem tão curto assim, acho que um ano. Quando tive a esplêndida ideia de tomar o apelido do meu vô para criar uma certa descendência (depois de um tempo surgiu o fictício clã Zin, minha família Gonçalves. OBS: Que agora já tem o FeiZin, o pequeno). Então 'tá aí... Perturbando o silêncio alheio, criando situações desconcertantes e matando de vergonha os meus familiares e amigos.

Utilizando dos frequentes-anuais posts do blog do meu irmão, Binóculo Míope, tenho a estatística (menos numerosa):

150 posts
265 comentários
1 página (a C.S.C)
4.586 visualizações
Visitantes de diversos países (Brasil ¬¬, EUA, Alemanha, Portugal, Holanda, Japão, Índia, Canadá, Rússia e França) seja lá o que estiveram procurando...
...
E um único post com quase 1.000 visualizações (fica a dica: vale colocar um título com alta busca no google)


PS: E 7 visualizações de página pelo navegador 
Jakarta Commons-HttpClient, o que é assustador!

21.10.11

Experiência Hospitalar Pública

Naquele momento eu me desliguei totalmente das minhas responsabilidades, algo que não costumo fazer, mas ali eu vi o sofrimento na cara. Naquela enfermaria aqueles humanos estavam vivendo em condições lamentáveis. O odor que ambientava era insuportável, pra mim que ali estava em poucas horas... Imaginei aqueles pacientes e acompanhantes virando dias com aquilo impregnado no nariz. Aquela visão, aquela parede com sua cor amena, sem vida. Aquelas feridas expostas às manhãs. As expectorações alheias a todo momento, os banhos, os banheiros. Tudo. Fiquei ali olhando as expressões nas faces daqueles seres e não sabia qual o sentimento que passavam por eles, se era medo da morte, dor, sofrimento diverso, pena do outro. Acordei naquele ambiente e ainda vi o sorriso no rosto do paciente que eu cuidava... Vi que ainda restava alegria e esperança no ser. Talvez isso é o que ainda importe. 

16.10.11

- apurado.



 das coisas que realmente não fazem sentido:
"coisa estranha que não sabia
 quando tu pisca eu te escuto
 teu olho faz um pequeno barulho."
 Será isso anormal? Tua pálpebra ou meu ouvido?

15.10.11

Meu peculiar interesse

Essa foi minha última (atual) aquisição literária: Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado, de Ana Beatriz Barbosa Silva (livro de bolso, bonitinho, da ainda mais vontade de ler). Lembro-me de ter entrado em contato com o primeiro psicopata ao assistir o filme Hannibal, o terceiro filme dessa quadrilogia, que tem como grande protagonista o nome do filme, Hannibal Lecter, interpretado por Anthony Hopkins. O interesse cresceu a respeito desse tema e continuei assistindo filmes relacionados, O silêncio dos InocentesDragão VermelhoHannibal - A origem do mal, continuando a história do Dr. Lecter; esse último interpretado por Gaspard Ulliel, mostrando um Hannibal jovem. Alguns anos depois fui presenteado pelos livros dessa série, tendo lido apenas o quarto, em ordem de lançamento. Ainda na esfera do cinema lembro-me de ter assistido Zodíaco, filme que conta a história de um assassino (que assinava com o mesmo nome) nunca encontrado. Fui fisgado pelo personagem Alex do ótimo filme Laranja Mecânica, me fazendo imaginar inúmeras possibilidades, enxergar a beleza naquele cenário. Alguns outros filmes atiçaram essa minha curiosidade, como toda a série Jogos Mortais, O Talentoso Ripley, Violência Gratuita, vários filmezinhos de terror que não deixaram de contribuir de alguma forma, além de um batalhão de outros filmes que agora não me lembro e que não tem como foco principal a psicopatia. Acompanho desde o ano passado o seriado Dexter (muito bom), relatando a história do personagem-título na sua distinta maneira de limpar Miame dos assassinos.
Algum tempo depois roubei uma revista Super Interessante com o tema Mentes Psicopatas, ganhei o livro Mentes Criminosas e fiz várias leituras na internet. Quando entrei no curso de Enfermagem vi que tinha a disciplina Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, a qual estou cursando agora; além disso me inscrevi no projeto de extensão Ações de Enfermagem ao Portador de Transtorno Mental e à sua Família (com a esperança de ser chamado), tudo isso com o intuito de saciar essa minha vontade em aprender sobre o assunto.
Sabe o que tudo isso significa?

Don Hertzfeldt

O primeiro vídeo que vi com sua assinatura foi Ah, L'Amour (1995), muito divertido, com uma pegada de crueldade cômica, mostrando o verdadeiro amor (O_o). Alguns minutos atrás recebi o vídeo Billy's Ballon (1998), também engraçado, relatando uma pequena revolta dos balões. E agora, numa busca em conhecer o diretor encontro o maravilhoso Genre (1996), contando a história de um personagem dentro de vários gêneros de filmes... Vale assistir! 
Além desses três, há uma considerada lista de filmes desenhados a mão, tecendo o humor negro: Lily and Jim (1997), Rejected (2000), Welcome to the Show/Intermission in the Third Dimension/The End of the Show (2003), The Meaning of Life (2005), Everything Will Be OK (2006), I am so proud of you (2008) e Wisdom Teeth (2010). 

Em mais informações os três primeiros vídeos citados. Procurem a respeito desse californiano e ajude a compor esse post.

9.10.11

Decadência!

É o que vejo a partir de um determinado momento do tempo quando nos aproximamos. Lembro-me - e fico nessa existência de lembrar e reviver o passado, eu e vários outros - como éramos felizes, animados e incansáveis. Quando nos juntávamos parecia que o tempo se adiantava para nos contrariar, éramos como em perfeição de convivência, mesmo com suas brigas e discordâncias nos encaixávamos. Hoje não sinto isso. Hoje percebo que cada qual vive seu exclusivo mundo como se fosse mais importante que qualquer outro ou com o mundo que podemos viver juntos. Quando nos juntamos o tempo se arrasta e não sabemos o que fazer. Não me sinto tão confortável como eu me sentia e percebo nos olhares que encontro na sala que é recíproco esse sentimento que aqui compartilho. Já não somos um... E tenho dificuldade de perceber se um dia fomos.

Abraço àqueles sete.

Triste constatação de meu tempo.





"...me sinto só cá com minha solidão!"





27.9.11

Pânico!


Depois de uma maratona de Pânico (Scream) percebi que de fato estava errado numa de minhas frases em conversas alheias: “- Vale rever!” Não, não vale rever. Apenas veja. Assista uma única vez e não faça esforços para vê-los avidamente. São toscos. Os vilões são cômicos (o que certo modo é bom, caso necessite de um filme para rir, quem sabe); as mortes são, também, toscas. Os órgãos expostos deveriam ser escondidos de volta. Sidney parece um gato, e em vários pulos sobrevive. Na contagem, faltam apenas mais três chances. O tira e a repórter entram na barca e sempre desgrudam da morte. E voltando a eles, os vilões... Creio que no cinco o cachorro da vovó será o assassino, junto com o recém nascido primo terceiro que estão revoltados por não serem incluídos nos filmes anteriores... Correrão atrás da mocinha que não é tão moça assim mais, e como ela tem um saldo de três vidas os dois serão mortos com uma faca de serra cega. Esse sim seria o ápice de toda a sequência...

11.9.11

- infortúnio


Hoje tudo lembrou a destruição. Seria esse um dia anormal?
-
É quando nos preocupamos com coisas pequenas que algum coisa nos direciona o pensamento e nos coloca de volta a possíveis realidades. Que as coisas anteriores são fúteis o suficiente para enchermos a cabeça. Não me refiro a ferros retorcidos, tijolos destruídos, nem o mar de cinza que cobre o lugar. Até podemos nos corroer com as possibilidades que inventamos e até por imaginar as situações e reações que ocorreram no momento, mas agora o que mais me aflige é saber que estão sofrendo. O sofrimento do outro me traz sofrimento. Quando se trata dos próximos a dor ultrapassa distância e nos abate por corpo inteiro. Não sei qual a reação ou o que devera fazer agora, nem quais palavras eu poderia tentar balbuciar, ainda atônito. 
Nesse momento o que meu corpo responde são singelas lágrimas que escorrem por entre as maçãs e as bochechas. Agora eu sou nada.

ps: quando avaliamos de longe tudo parece pequeno, mas isso pode nos causar grande destruição quando já estamos frágeis.

Coldplay - don't panic

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Explosion Medley




Sam Tsui


PS: Achei válido. Muito legal!!!

11 de setembro

Aquela manhã as pessoas subiam para a morte. O sol irradiava sua beleza por entre as esquinas da cidade, os prédios e as irmãs que se projetavam naquela cidade. Os seres que ali estavam, acordaram em meio a despertadores, abraços e beijos familiares; pegaram seus carros e táxis para baterem o cartão na rotina fadigante que estamos todos presos, com o simples interesse monetário. Desperdiçando o tempo com papéis, obrigações, estresses... Vendo passar pela janela seu tempo útil aqui na terra. 
Naquele momento viam o avião se aproximar e ver todos os seus planos e futuro serem jogados pelo ar. Estavam destinados a nunca mais descerem.
Todas as cores que emanavam naquela bela manhã tornam-se um mar cinza, onde nada mais era distinguível, onde o mundo caía sobre nossas cabeças.


Aos 10 anos de todas as mortes.

10.9.11

jump.

A brisa passava por entre as retas da cidade, no alto, nos topos de nossas visões. O mundo lá embaixo respirava impaciente, seu turbilhão de movimento compõe o fim da rotina humana. O tempo se esgotava para o término da semana; parado aqui na cobertura meus pensamentos são vazios, por incrível que pareça, é composto pelo de sempre, pelo minha modesta fuga da realidade. Não quero descer, não quero ter que olhar em faces de mesmices, de homens machistas e seus diversos esteriótipos, nem para mulheres bonequinhas, fúteis, desprezíveis. As pessoas que normalmente vivem nos apartamentos abaixo, nas casas espalhadas, nesse mundo babaca habitada por macacos.
Porque temos que engolir tantos sapos? Abaixar a cabeça e fingir uma excelente convivência. Não aguento, meus nervos estão tensos, minha vontade é mandá-los todos para a puta que pariu, talvez assim seria melhor, sem as vossas existências. Saiam de perto, saiam de mim!
-
Nesse meio termo entre o salto e o chão meu reflexo na vidraçaria do prédio mostra um eu triste, cabisbaixo, insatisfeito. Quem dera eu ter coragem, ter vida e ter o mundo.

Jamie Cullum - 21st Century Kid

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6.9.11

O que de direito temos?


"O governo lamenta ter que tomar essa decisão, (...) com o intuito solidário para com os outros” – ensaio sobre a cegueira.
A solidariedade proposta por tal governo é sem questionamento de aceitação para os afetados, visando um afastamento dessa população contaminante, buscando uma salvação do restante da sociedade. Esse poder estatal é de maneira radical e tirano, excluindo indivíduos das mais básicas necessidades de bem-estar, saúde, alimentação e liberdade.

29.8.11

Memória

Por natureza mantemos uma boa memória para determinados acontecimentos: positivos e negativos. Guardamos para um tempo posterior esses dois tipos. Os bons, quando superados por outros bons, são renovados, os recentes vivos, nos deixam alegres, os passados entram na mala e são retirados quando queremos ver as fotos antigas. Quando estes são superados pelos negativos, afundam-se na nossa mente, e apenas com muito esforço consiguimos tirar. Os negativos, por outro lado, quando recente queremos afastá-los, expurgá-los para bem longe, entretanto ele pode ser revivido inúmeras vezes e temos que adaptá-los como positivamente ou, no mínimo, tirar algum proveito em que possamos nos deliciar. As vezes não consiguimos, outras fazemos o tudo para nos sentirmos compessados.
Quando você me conta aquela piada de alguém, ou quando eu te conto o que aconteceu com outrem não percebemos o efeito das palavras que pronunciamos sobre o outro. Quando os nossos dedos apontam para os peitos alheios não sabemos que aquilo pode se tornar uma experiência negativa. Quando os ouvidos e olhos do "coitado" não aguentam mais ele decidi dizer um basta para o que lhe é proposto. Não medimos o sentimento do outro, não nos preocupamos com a emoção que ele sente naquele momento. A caixola dele ferve ao receber aquelas informações. Depois, num momento de julgamento do ato, dizemos que aquele rapaz escondia um monstro dentro dele.
É então que a hora do divertimento acontece, e um desejo guardado ao brincar no seu play torna-se possível. É hora de transformar as memórias ruins em boas e rir um pouco da desgraça alheia.
Tirem uma hora e vinte minutos do seu dia para assistir Elefante, um documentário do que os excluídos podem fazer para se divertir com aqueles que o excluem. Brinquem de "Uni, duni, te" e aperte o play.

26.8.11

nota rápida dos términos

Não, não são engraçadas essas situações, mas são, no mínimo, curiosas as atitudes dos humanos diante aos términos. Desde o começo - especificamente desde o nascimento - já se sabe das possibilidades e até mesmo das probabilidades. Em alguns casos, gostam mesmo é de se arriscar e ver no que vai dar, noutros casos sabe o que se passa, mas não quer enxergar. Ainda há a situação de transcorrer tudo normal e ser assaltado pelo destino (ou seria pela vida?).
-
Porque não aceitam? Porque não aceitamos...?

6.8.11

fiquemos mudos!




"Quando a morte aparece em nosso meio, 
ela não rouba apenas o nosso ente,
ela também nos furta a voz!"





Contágio.

"Aqui estou no breu do meu cafofo, sendo perturbado pelas 'Nematoceras' de plantão... A chuva compõe um belo ninar, mas meus olhos cansados, meu corpo esgotado resiste em descansar."

Ultimamente percebo que a responsabilidade e a seriedade vem tomando conta de mim. Já não encontro aquele guri que deitava pensando nos prazeres do dia seguinte. Hoje dificilmente penso logo ao deitar. Antes mesmo de estirar meu corpo sobre um colchão, ele já se entrega ao sono que é interrompido ao raiar do sol por entre as frestas da janela. Parto-me entre querer ficar e ter que ir, rumo porta a fora e gasto os solados dos meus sapatos, a saliva da minha boca e os neurônios do meu cérebro... E logo hoje, dia de bela noite, disponho-me a trabalhar mais uma vez (por uma boa causa). Amanhã subo na caravana para desbravar um território desse meu mundo. 
Agora que já dispus sobre minhas olheiras alheias, trato dos que são meus e de como é satisfatório não viver sozinho.
Quanto maior for a surpresa em determinados momentos, mais saborosa é a informação. Hoje a noite, apertando o down de meus teclados pude me apaixonar, novamente, pelas pessoas que me cercam; e por tais informações, acredito que esse sentimento é recíproco do lado de lá. Engraçado é, quando um ser, assim em momento frágil, se permite a ficar ainda mais vulnerável. E isso contagia... E isso faz bem.
-
Os "eu te amo" atirados de todas as formas e de todos os, estranhos, lados faz meu ego se achar... 


breve roteiro de uns dias diferentes. 
saudade dos que por natureza são meus, 
e dos que permissão eu sou.

28.7.11

Um ponto na experiência

E na segunda agora encerramos nossa estadia no HCMF. Com nossos últimos pacientes em Fundamentos (assim espero que seja). Muito boa a experiência no convívio de quase um mês entre estudantes/professores/profissionais/pacientes. Aprendi muito entre cuidado e atenção, respeito, política, técnicas...E óbvio que o desagrado em alguns momentos também existiu. Na quarta colocamos o ponto final apresentando alguns estudos de caso encontrados nas enfermarias.
Tenho que agradecer os colegas e a "Tia". Valeu!


Notas de um dia atrás!

MUITO BOM!

6.7.11

Experiência.

"...sim! Lá estava eu plantado do lado de uma cama que colocam outro nome, plantado na região que chamam de outra coisa, parecendo um pai de santo, pronto para colocar em prática todas as minhas "especiarias". Como? Logo eu descuidado tendo que manusear com precisão instrumentos e pessoas. Como? Ter que pensar no cuidado dos outros que nem conheço, logo eu que sempre defendi a "não importância" por pessoas alheias. Essa foi minha manhã. Como disse a "mestre" - ou doutora? - esse primeiro dia ficará marcado para o resto da sua vida. E de fato. Seja lá qual for a minha classificação para o dia, mas estará aqui na cachola.
Vamos às massagens."

1.7.11

perdendo

".o problema das coisas não é dinheiro. pra mim, agora, é tempo. não o tempo imediato das coisas, como tenho que fazer isso já mas são tantos 'issos' que não sei por onde começar, daí meu dia deveria ter mais do que vinte e quatro horas. digo do tempo que passamos aqui na terra, do tempo que nos é concedido pelo nosso bom corpo e ambiente. é desse que quero tratar, é desse que fico imaginando tais coisas, é desse que eu quero pedir para alguém que o me dê, sem nada em troca. 
'estava eu lendo uns livros da biblioteca particular e imaginei o quão nós homens somos poucos. e queremos ser tanto. critiquei no momento meus desejos que batem aqui no peito, e ainda mais na cabeça. pensei em como deveria me colocar no eixo das coisas - se é que existe um - e só fiz isso até então. agora continuo pensando em organização, tarefas, cumprimento, mudança, mudança, em como escrever, enfim... agora me dou o luxo de perder tempo. por que agora escolhi fazer outra que fuja da rotina. e esse que também me aflige.
'a rotina...

15.6.11

soma

“Essa minha preocupação sempre aparece quando não há o que temer. É esse meu medo que luto contra, querendo me destruir... Ou talvez só seja uma tristeza que acumulada quer se mostrar num desses momentos. Agora estou assim, para baixo, querendo não mudar. Essa mistura de preocupação do medo, ou vice-versa não faz sentido, mas o que sentimos não escolhe como aparecer nem por que. Não faz sentido.”
-
O acúmulo de coisinhas me irrita. É algo que eu classifico como falta de atenção, ou interesse ou satisfação ou qualquer aspecto referente a pouca importância. Não, não. Não é esquecimento, desatenção, ser desligado ou acidental. Guardamos com carinho aquilo que realmente importa, brigamos por essas coisas, Não esquecemos. Não é referente ao presente, significa a grande existência no passado e uma probabilidade imensa de continuar no futuro. Isso chateia, mas não a ponto de explosão... É a soma. A soma irrita!
-
Essa mudança que recuso a fazer é porque não vai me levar ao prazer. Pergunto-me todo dia: - onde fui me meter? Porque estou fazendo isso comigo? Porque não tenho coragem de encarar a mudança? Eu sou de fato um medroso, um nada. Não é essa visão que queria ter de mim, mas é a realidade!

3.6.11

3% - Série Brasileira!!!

Recomendaram esse piloto de uma série de ficção científica brasileira, com o nome: 3%O nome se refere ao processo de seleção que todo jovem passa ao completar 20 anos. Se aprovado ele poderá viver no lado bom da atual sociedade. O problema é que só 3% são aprovados a cada ano, passando por testes tensos. Os outros 97% voltam a viver no lado ruim, não podendo tentar novamente!
Você pode acompanhar pelo facebook e pelo twitter. Está disponível no youtube esse primeiro episódio dividido em três partes:

Parte 1/3

Parte 2/3

Parte 3/3

Muito legal!!!

23.5.11

Primavera

Depois do inverno doloroso, é esperada a a primavera e todo seu reflorescimento. É esperada o crescimento das boas coisas... É esperada a primavera "astral".
-
O drama surgido num dia chuvoso e no começo do frio pode ter acabado na chuva, mas um pouco mais quente.    A cama pode estar menos cheia e o calor do corpo - de um, e apenas - seja o suficiente para esquentar o corpo e que o faça viver com mais vigor. E o rumo "caminha" para um verão formoso e claro. Com boas ideias e atitudes... Com uma liberdade gostosa de se viver. É assim o esperado calendário das estações daqui da minha cabeça e do coração.

Devem servir...

21.5.11

DRAMA

O dia começou nublado hoje. Melhor, nem começou e provavelmente não irá. Permanecerá assim por uma semana. E o pior é que nada posso fazer. Minhas ideias, iriam comprometer muito gente e se apenas dois fosse o resultado no término eu poderia ir até adiante. Mas tenho por quem prezar. Por quem recolher minhas escolhas e permanecer enclausurado aqui no cafofo, apenas imaginando.
-
Agora a tarde tive a péssima ideia de ficar ainda mais nervoso pelas frases: "- Estou pensando."; "- Estou feliz!"; "- ...sozinha. Porque?"... E seus contextos e atirei minha mão direita contra o muro... Os anéis se foram e de sobra sinto que ela tenha se deslocado. Há um inchaço no midinho. Estúpida ideia... Melhor da próxima vez eu machucar outra pessoa!

17.5.11

presente monocromático 'no 21cm'

foto nude works 24 - por marcio murilo pilot


















As ogivas da alma, plugadas aos mísseis das palavras estão prontos para serem acionados. Da central de controle o pequeno verme mira das janelas molhadas por lágrimas.
Na Síria um homem acorda no meio da noite com um gosto ruim na boca, sua mulher o abraça, mas o mal já lhe avisara do pior. Não dormiria mais. Na Amazônia a mãe despede-se de seu filho, entregando-o a uma mãe Saxã, nunca mais o verá. O pai um caminhoneiro de beira de estrada, nem tomou conhecimento de sua existência. A comida pouca já a havia feito se livrar de mais dois. Não sentia, então, essa mulher?
A serpente se debatia entre os dentes, ferina e obstinada a lançar seu veneno no primeiro ser que lhe prestasse o verbo. Irrelevantes são ao homem os sonhos que queimamos para que a máquina continue a funcionar com perfeição.
Dos vales de Golã, espíritos tristes e mutilados gritam o que os Reinos de Insanidade já nos foram capazes de impor. Um tanque ruma na direção de um vilarejo na Rússia Oriental. Uma mulher chora, seu marido a segura pelas mãos e diz: "- Já nos vemos." Mete-lhe uma bala nos miolos e treme ao apontar para a filha. Quando esta cai ao chão ao lado da mãe, ele se despede da sua casa, e quando o projétil rompe-lhe a aorta fecha os olhos e se encontra com elas no Eliseu, não sem antes deixar uma lágrima molhar o rosto.
Da fronteira norte do Chile se ouve a prece dos missionários: "-Deus, salve-os, e não se esqueça de nós." Até onde alcança o pulso da bomba.
Lá pelas tantas a náusea o faz vomitar. O grande cogumelo cresce não muito longe dali. Nunca se casara. Nunca tivera uma mulher em seus braços. Arrependeu-se de não ter se livrado da sensação de renúncia. Parecia loucura, mas só conseguia se preocupar, naquele minuto, com a porta que não trocou.
A onda de calor derruba as paredes e queima as pálpebras, pra que seja possível olhar nos olhos o destruidor. Os artelhos capazes de causarem o mal maior são os superiores: afagam; aliciam; apontam; puxam o gatilho; excitam; quebram.
Mas já podia então a filha abraçar o pai, beijar-lhe o rosto e dizer que o amava? Pronto! Havia acabado. Não havia mais água, ar, solo, animais. Só a paz da matéria destruída.


Texto de
Jesimiel Salles
3.4.2011

13.5.11

XX

Eu tenho essa mania de encerrar ciclos com os meus últimos. Últimos diversos, desde banhos – como se para lavar o que me sobra, quando ninguém quer, nem mesmo o dono -, a pensamentos que pregava avidamente antes. Coisa boba, porque isso de fato não acontece exatamente por causa desses fins, mas por obrigação ou rotina. E é assim como hoje, findo.
Em plena sexta-feira treze digo adeus aos meus dezenove anos, como que visando alguns anos adentro com mais sorte, ou com alguma. Estou com medo do que virá a partir de então. Dizem que quando as duas décadas são completadas o tempo voa, como se estivesse desesperado para as conquistas, derrotas e o término. Meu medo está aí, no término que não sabemos quando é mesmo. Pelo que deixei de viver, o que poderia vir a ser de mim.
Consciente do que já fiz até agora, estou certo que me faltam. Inúmeros. E ainda tenho todo um mundo/tempo para conquistar. Renovo-me em algum ponto, ainda não definido, e mesmo se sim, não explícito, mas sabido que lá está. Quero que os segundos engatinhem e que dobros sejam vívidos dentro deles. Seria o melhor presente.

Dou-me um salve, e parto-me para a vida.

6.4.11

SMS's

Ao som da gaita vislumbro o que me é permitido em vida. Tal tarefa de aprender me cansa a mente e corro para o ócio cultural: sentar-me em um banco e vislumbrar o estranho comportamento do bicho homem.
-
É quando deparo-me com a beleza na coisa diversa e estranha. Eu riu. Deliro e não contesto. Eles vivem, eu sentado observo. E o gosto de interagir me aguça.
-
Em fluido espanhol escuto uma conversa ao lado. Os jovens à frente treinam seus raciocínios jogatinos e como se eu retratasse em quadro ponho-me em inserção. Decido-me: estou no lugar certo, vivendo de um modo errado.
-
Eu me refaço, naquele momento, a partir das atitudes deles. Assobio um som qualquer, acompanho a gaita. Envolvo-me, falo-te, dialogamos. Danças, me embalo, levanto do banco. Tô no lugar, me encaixando.


Ao encontro que nos permitimos por comunicação instantânea, mesmo ao longe, a alguns quilômetros de falta de tato. Conto-te meu momento e tu sentes o que sinto.
Texto da minha parte e da parte que me entende, Thaís.

5.4.11

cinco dos quatro

nu 3 - josé carlos nogueira



"O sorriso estampado na cara retrai,
seus músculos relaxam,
seu amor movimenta o coração,
nem muito nem pouco.
Rotineiro!"

3.4.11

“...We’re one but we’re not the same..."

Uma característica que possibilitou a determinadas espécies o dom de sobrexistir, por mais controverso que seja não foi a força física ou agressividades superiores, mas sim a capacidade de adaptação a meios, por vezes hostis, e a comutação de benefícios com seres de outras espécies, reunindo assim, habilidades específicas dentro daquilo que biologia gentilmente cataloga como Comunidade.
É fato que, para tal, o grupo em si tivesse que estar bem estruturado e pré-disposto a ter como regra básica a valorização de sua própria espécie, numa escala de prioridades, o que nos remete a analisar a atual sistemática humana. Nos baseamos nos conceitos de sobrevivência. Pensamos primeiro em nós mesmos, nos fechando em espesso casulo de egoísmo, e ensimesmados, destruímos nosso meio comum, como se de nada valesse a vida social, quando de fato deveríamos ter aprendido e guardado isso com os espécimes mais simples de vida.
Fica claro o desafeto do ser pelo outro quando, mesmo em total fartura, produzindo mais do que somos capazes de consumir, ainda somos capazes de negar ao outro o direito de também ter o que comer. Mesmo aquecidos e confortáveis em nossos lares, ainda permitimos ao outro a sensação ruim de morrer de frio.
Ainda matamos o outro por causas mesquinhas, ainda permitimos que crianças cresçam sem conhecer os pais, ainda permitimos que a religião nos transmita a sensação de superioridade a ponto de eliminarmos a alegria do outro para “agradar a deus”.
Vivemos a geração que se desgosta, de pessoas que não conseguem amar a si próprias, quanto mais o outro. Somos competitivos de mais, amamos de menos, mentimos muito e aprendemos desde cedo que mostrar o que somos, o que sentimos e o que pensamos é ser fraco, quando na verdade, é compartilhando coisas, sentimento e fraquezas é que nos vemos fortes.

“We’re one but we’re not the same. So we get carry each other, sisters and brothers.”

Isso só me leva a uma consideração, a de que, como muitas outras espécies que não souberam conviver, não duraremos muito. Mesmo podendo ser um em todos, preferimos ser apenas um, e assim caminha a humanidade na prisão de seus pensamentos egoístas.

Texto de Jesimiel Salles
cedido por e-mail

16.3.11

dos pensamentos que não fazem sentido e tento criar conexão!

Enquanto revisito pensamentos de escolhas e superação, a Lua me aconchega com seu límpido brilho. Numa situação primeira ela visita minha janela com todo o seu pequeno enquadramento do céu. A possibilidade jamais percebida é apreciada com entusiasmo, e por incrível, ela parece não se locomover, recusando-se a me deixar. Quais as chances disso acontecer novamente? Quais as chances d’eu, lívido, presenciar tal cena com tal espírito da alma?
Um dia desses pensei na possibilidade de algo me acontecer novamente como já acontecera. Remota... O que me leva a delimitar e tomar decisões... Isso que vivo agora certamente é único, e proveitoso, mesmo não sendo onde deveria ser. Mas quando estarei disponível dessa maneira? Traçar esses planos que me perturbam hoje? Talvez eu deva aceitar o que me é ofertado e seguir em frente, vivendo e, apenas vivendo o que aparecer pela frente. Ou estudar meus casos e partir para o que espero que me espera.
Agora, ela se esconde rapidamente como um piscar de olhos por detrás das nuvens.

Poema da Aluna G. para a Prof. C.

APARE CIDA SORRIDENTE
QUE FAZ NA GENTE
IMPRUDENTES, POIS
FICAMOS DORMENTES
EM SUAS AULAS
NADA ENVOLVENTES
CIDA INDELIQUENTE,
PORQUE FAZ ISSO
COM A GENTE?
NOS DEIXA NUM
ESTADO CARENTE,
SEM INTERESSE
APARENTE...

Num momento especial de nossas vidas!

5.3.11

nota de um perdido - a chuva

"Os estrondos prenunciam um majestoso temporal, e o vento frio, com respingos de chuva, nos trazem à tona um grandioso espetáculo: 'A tempestade'".

De repente fui abraçado e envolvido por um calor que logo percorreu todo meu corpo. A princípio assustei muito, não havia ninguém na rua, chovia forte e de repente aquilo. Fui rendido de surpresa, mas tão logo fui levado por sua afável força. Só assim então, retribuí-lhe o afeto, me entreguei e me deixei ser levado.
Era tudo luz e calor, vindo diretamente das mãos fortes de Zeus, me arritimava o coração, com ataques esporádicos que tão logo me arremetiam a realidade. Mas naquele momento toda preocupação com o tempo, com os outros, com o jantar, com o trabalho, com o pneu furado da bicicleta, no que diria por me atrasar, tudo, simplesmente devaneava ao longe, como um passado distante, que agora não mais interferia no curso das coisas.
Tão breve e inesperado veio, como também se foi, a luz se apagava e o calor bom que me tomara dantes, agora já se fazia entender como o início triste e furtivo de carne tostada por toda sua energia. A palpitação contentosa, agora já se dava em espasmos de adrenalina que meu corpo emanava ao tentar normalizar minha pulsação descontrolada, meu respirar dificultava-se, tão logo me entreguei, ali mesmo, naquele cruzamento de rua, fechei os olhos, e o que sobrou foi meu passado estirado. Agora era espírito livre.

Texto por Jesimiel Salles
cedido por e-mail

1.3.11

Medo

Perco-me nessas noites quentes da minha casa que não é tão minha. Perco-me nesses meus medos de arriscar e permito-me continuar no que estou agora sem nem ao menos saber como fazer isso. Perduro nessa situação a mais de um dia, uma semana, um mês. A cada entrada em um novo período de absorção de conhecimento isso me acomete e fico nesse estágio de quarentena até que me habitue com tal “sacrilégio”.
Andei lendo um livro, em geral, tosco! Mas que ali, perdido entre algumas frases, uma soma de poucas palavras me abalaram e me fizeram adentrar nesse pensamento de mudar e ir à luta em busca de algo que realmente me satisfaça. Entretanto, o medo novamente aparece e acaba com qualquer insinuação de tentativa. E fico, fico, fico... Choramingando migalhas que não tenho. Discursando um texto conhecido a um semestre atrás. Lamentando não ter feito uma escolha mais razoável no início.
Quando amanheço na cama quente dessa minha casa que se torna ainda menos minha, analiso quais são minhas opções, o que isso vai acarretar no futuro, que bater de asas posso estar escolhendo agora verificando as alternativas de vendavais que isso possa vir a ser no futuro. Levanto-me, e não mais feliz, ponho-me para fora. Agora o que me resta até uma decisão ser tomada é curtir segundos com específicas situações que me crio e me deixo criar.
Esse é o meu desgosto que não recomendo é circunstância alguma. Arrisque e não tenha esse medo infantil.

4.2.11

Pequenas sensações

Ele deixa um lar com o mínimo de claridade possível naquela escuridão. Em pensamento confessa seu medo e, a partir de então, visualiza e planeja inúmeras situações. Enquanto esses “absurdos coerentes” rodam a cabeça dele, seus olhos ficam atentos a qualquer movimento, que é nenhuma. É então que ele tem a oportunidade de vislumbrar a beleza da treva. As estrelas saltam aos olhos clareando com auxílio da tímida lua a iluminar a terra. Os paralelepípedos pintados de branco, tem agora outra função além da limpeza: traceja o caminho e me direciona para o que sei de cor. As casas vão pintando a paisagem, o vento toca seu corpo e transforma sua melodia de paz em um suspense barato. Nenhum som além dos grilos e sapos.
Àquele horário certamente só haveria um grupo de jovens sentados na praça principal, e lá estavam. Agora com um violão nos braços cantando qualquer melodia, cortando o silêncio que se estabelece por toda a cidade. Suas brincadeiras pervertidas, seus risos descontraídos aliviam o pânico que se estabelecera nele. Com seus estalos curva a rua e põem em prática sua tática de disfarce – retira a blusa branca que possivelmente seria ponto de referência... Para que? Nem ele sabe explicar. Quem estaria naquele breu vigiando-o? Não sabendo se isso funcionou pelo menos pôde sentir a brisa do rio na sua pele. A água cantando uma reconfortante canção de ninar, sua mão medindo as chaves, seus olhos e ouvidos atentos, seus passos firmes e calmos. Chega-se a casa. Abre-se o portão. Entra-se. E todo aquele sentimento de liberdade misturado com medo o deixa, o que não é positivo.
Em calor pensa no que lhe ocorrera, no que não ocorrera e em como é maravilhoso ter uma cidade dessas para chamar de minha. Algum orgulho se acha para ter. É nesse quase povoado que seus sentimentos nascem, solidificam e mudam.

Bela noite de falta de energia.

30.1.11

Convivência

Conviver requer uma ordem de fatores a serem seguidos. Não é apenas chegar, se estabelecer e finish. Em absoluta observação pude constatar que quanto mais intimidade se tem se chega a um encruzilhada: a parte boa é porque não precisa ter vergonha em determinadas situações; a parte ruim é que essa intimidade deixa em aberto para qualquer tipo de discurso e afins. Entretanto, a última frase só ocorre quando o bom senso está defeituoso.
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Conviver deveria ser fácil e puramente gostoso. As pessoas deveriam respeitar o espaço do outro, ser organizado, cuidadoso, carinhoso... But insistem em serem desagradáveis. Pergunto: porque isso “oh” Grande? Respondo: porque sim... Sempre foram, e serão. É inato do ser humano ter esse tipo de face em miscelânea com outras tanto.
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Passei alguns dias longe de estar sozinho e foi bom... Ruim... E assim assim. Por todos esses motivos já citados e por alguns que envolvem mais aproximação e troca de afeto e amor. Em resumo de um mês e pouco, concluo que hoje estou preparado para viver só e apenas amar a distância, não sentindo o peso da convivência.

6.1.11

four.

Éramos crianças quando projetávamos esse presente.  Brincávamos de fingir um relacionamento de adulto e já achávamos bom. Hoje presenciamos nosso amor, construído sobre momentos minuciosos - bons, ruins e alguns assim assim.
Devo agradecer por sua tamanha dedicação em nos manter juntos, em me fazer feliz e ter prazeres que de nenhum outro modo teria.
Desejo que nossa vida juntos continue se construindo  e que supere o que vier... E que curtamos cada momento, degustando cada fatia do tempo em que estivermos um ao lado do outro.


Eu te amo.
E tudo o mais que tenho para lhe dizer posso sussurrar enquanto estivermos nos afagando...
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teu guri