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18.4.15

Cidadania no Brasil - O longo caminho

SINOPSE: A obra é um guia sobre a longa jornada da democracia brasileira, desde os primeiros passos do Brasil independente, ainda monárquico, passando pela República, até os movimentos de rua recentes. A nova edição chega quando tudo está em ebulição e em transição. Hora perfeita para entender o que o país construiu em quase dois séculos de jornada. (Extraído de sua página no Skoob).



"No início, pensei: será que é tendencioso? E essa pergunta retornou alguns dias após, com um estudante alienado do curso de Economia. Ele, ao ter contato com a capa e o folear rápido das páginas, concluiu: é tendencioso. Ressalto que nesse momento quis defender o autor, quis discutir com o estudante, mas senti fadiga de tudo aquilo."

O livro é histórico e bom. Separado em quatro capítulos, conta a história do Brasil. Mais especificamente, a história da cidadania no Brasil. O texto é dividido em três personagens: o direito político, civil e social. Com a intenção de explicar as conquistas sobre esses direitos, o autor percorre 178 anos (ou 500) da história nacional para relatar como chegamos ao estágio atual, o que precisamos melhorar para a conquista desses direitos e o que está nos impedindo de tê-los.

Em Primeiros passos (capítulo I), nos informa o que ocorre em 1822 e em 1881, antes desse período e depois, chegando ao ano de 1930. Nesse ano, chamado de marco divisório na política e nos direitos dos cidadãos, José dá início ao capítulo II, Marcha acelerada. Aqui, somos conduzidos pela primeira experiência democrática do país, com ampliação dos direitos sociais (a exemplo das legislações trabalhista e previdenciária) e políticos, com a participação direita dos indivíduos na escolha de seus representantes superiores. 

Em Passo atrás, passo adiante (capítulo III), a democracia é finalizada com a ascensão da ditadura. São nesses anos da história brasileira que assistimos à repressão dos direitos políticos e, principalmente, civis. O único que continua galgando é o social, com medidas paternalistas do Estado, resquícios do período anterior. Ainda, nos últimos anos da era ditatorial, observamos as mudanças implantadas sob o comando de Geisel, propiciando o retorno à democracia esquecida anteriormente... Por fim, chegamos a tão sonhada democracia atual, com a promulgação da Constituição Federal de 1988 (Constituição Cidadã), com indicativos de que todos os direitos seriam garantidos como nunca vistos antes. Entretanto, percebemos que a solução não seria apenas com a mudança no modelo eleitoral. Nesses momentos da década de 1990, a desigualdade permanecia grande, a pobreza também. Os direitos políticos foram garantidos, mas em contrapartida, os civis eram possíveis apenas para alguns. Verificamos, portanto, que estamos longe de uma sociedade equânime.

Cabe mencionar a atualização da 18ª edição, com o prefácio mencionando os movimentos sociais de junho de 2013 e o posfácio contando as mudanças, deslizes e realidade dos anos de 2000 em diante. 

Anoto um trecho que explica, talvez, o porquê da nossa sociedade ser da forma como é. Como nossa cidadania é diferente das tantas outras espalhadas pelo mundo:

“Aqui, primeiro vieram os direitos sociais, implantados em período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador que se tornou popular. Depois vieram os direitos políticos, de maneira também bizarra. A maior expansão do direito do voto deu-se em outro período ditatorial, em que os órgãos de representação política foram transformados em peça decorativa do regime. Finalmente, ainda hoje muitos direitos civis, a base da seqüência de Marshall, continuam inacessíveis à maioria da população. A pirâmide de direitos foi colocada de cabeça para baixo.” (pp. 219-220)

Torna-se importante mencionar o entendimento de Marshall sobre esses direitos, já que pontuados pelo autor:

“O elemento civil é composto dos direitos necessários à liberdade individual – liberdade de ir e vir, liberdade de imprensa, pensamento e fé, o direito à propriedade e de concluir contratos válidos e o direito à justiça. Este último difere dos outros porque é o direito de defender e afirmar todos os direitos em termos de igualdade com os outros e pelo devido encaminhamento processual. Isto nos mostra que as instituições mais intimamente associadas com os direitos civis são os tribunais de justiça. Por elemento político se deve entender o direito de participar no exercício do poder político, como um membro de um organismo investido da autoridade política ou como um eleitor dos membros de tal organismo. As instituições correspondentes são o parlamento e conselhos do Governo local. O elemento social se refere a tudo o que vai desde o direito a um mínimo de bem-estar econômico e segurança ao direito de participar, por completo, na herança social e levar a vida de um ser civilizado de acordo com os padrões que prevalecem na sociedade. As instituições mais intimamente ligadas com ele são o sistema educacional e os serviços sociais.” (MARSHALL, Thomas Humprey. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967, pp. 63-64).*


Recomendo a leitura.


*Site consultado.
A impossibilidade de compreensão da cidadania no Brasil a partir dos modelos clássicos
Fernanda Andrade Almeida
http://www.sociologiajuridica.net.br/antigo/rev04fernandaalm.htm#_ftn3

31.12.12

2012 - Retrospectiva Multimídia

Ao término do ano, relembro minhas atividades culturais durante esses 366 dias. O que não é de grande importância para vocês leitores, talvez, mas me agrada selecionar alguns livros, filmes e seriados que me fizerem bem ou mal.

Pois bem, aqui estão alguns seriados:

Melhores assistidosDexterGame of ThronesSuits e The Walking Dead.
Entre os medianos: Arrow, Breaking In, Glee, Grey's Anatomy, The Glee Project, The Kennedys, TouchWhite Collar.
Ruins: 666 Park Avenue, Elementary e Pretty Little Liars.
Animações: Avatar (O Último Dobrador de Ar e A Lenda de Korra) e Kung Fu Panda.
Nacionais: As Brasileiras e Dercy de Verdade.


Nesse ano foram assistidos 88 filmes, dos quais alguns são espetaculares, outros enfadonhos. Os que chamaram atenção são:

(Indicados/Ganhadores do Oscar de Melhor Filme).

Melhores dos Meses:

jan: Contra o Tempo (2011)
fev: Os Imperdoáveis (1992)
mar: Tão Forte e Tão Perto (2011)
abr: 50% (2011)
mai: Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011)
jun: Star Wars: Episódio 4 - Uma Nova Esperança (1977)
jul: -
ago: Os Vingadores (2012)
set: A Invenção de Hugo Cabret (2011)
out: Chocolate (2000)
nov: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)
dez: Clube da Luta (1999)


Melhores Filmes - Oscar (Indicados e Ganhadores):

1. Amadeus (1984), 2. Menina de Ouro (2004), 3. Os Descendentes (2011), 4. Chicago (2002)5. O Homem que Mudou o Jogo (2011), 6. Histórias Cruzadas (2011) 7. Meia-Noite em Paris (2011).


Bons filmes:

1. Gigantes de Aço (2011), 2. Um Dia (2011), 3. Gato de Botas (2011), 4. Os Perdedores (2010), 5. Os Intocáveis (1987), 6. Por um Punhado de Dólares (1964), 7. A Dama de Ferro (2011), 8. Lembranças (2010), 9. Loucamente Apaixonados (2011), 10. Horror em Amityville (2005), 11. Fanboys (2008), 12. A Perseguição (2012), 13. Politécnica (2009), 14. Shelorck Holmes - O Jogo de Sombras (2011), 15. Para Sempre (2012), 16. 007 Quantum of Solace (2008), 17. J. Edgar (2011), 18. Terror Sem Limites (2010), 19. Eu Queria Ter a sua Vida (2011), 20. Jogos Vorazes (2012), 21. Missão Impossível: Protocolo Fantasma (2011), 22. Viagem à Lua (1902), 23. A Lenda dos Guardiões (2010), 24. O Clube do Imperador (2002), 25. Afterschool (2008), 26. O Iluminado (1980), 27. Madagascar 3 - Os Procurados (2012), 28. Drive (2011), 29. Sete Dias com Marilyn (2011), 30. A Era do Gelo 4 (2012), 31. Os Infratores (2012), 32. Valente (2012), 33. Looper - Assassinos do Futuro (2012), 34. Planeta dos Macacos: A Origem (2011), 35. Guerreiro (2011), 36. As Vantagens de Ser Invisível (2012) e 37. Fjögur Píanó (2012).


Nacionais:

1. VIPs (2011), 2. Amor por Acaso (2010), 3. O Palhaço (2011) e 4. Gonzaga - De Pai para Filho (2012).


E, por fim, os livros lidos:

Reli:

1. Harry Potter e a Pedra Filosofal, J. K. Rowling

E li:

2. Maconha, Cérebro e Saúde, Renato Malcher-Lopes e Sidarta Ribeiro
3. Crepúsculo dos Ídolos, Friedrich Nietzsche
4. Ciganos, Rogério Ferrari
5. O Mundo de Sofia, Jostein Gaarder
6. A Hora da Estrela, Clarice Lispector
7. Curdos, uma nação esquecida, Rogério Ferrari

Lendo:

Fortaleza Digital, Dan Brown
50 Tons de Cinza, E. L. James
Os Segredos da Mente Milionária, T. Harv Eker


Espero que no próximo ano, mesmo com as dificuldades previstas, esse número de conteúdo cresça.

31.12.11

Retrospectiva Multimídia 2011

Então... Sou um assíduo telespectador do que acontece nas TVs e cinemas e, de um tempo pra cá não muito, - culpo meu dispêndio exagerado com afazeres acadêmicos - um leitor. Assim como navegador nas horas vagas pela internet. Como guardei cuidadosamente os seriados assistidos, assim como os filmes (aí ao lado direito), além dos livros, catalogo aqui o que de melhor, pior e assim assim ficou guardado tanto no HD cerebral quanto no HD digital. Segue em "mais informações".


15.10.11

Meu peculiar interesse

Essa foi minha última (atual) aquisição literária: Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado, de Ana Beatriz Barbosa Silva (livro de bolso, bonitinho, da ainda mais vontade de ler). Lembro-me de ter entrado em contato com o primeiro psicopata ao assistir o filme Hannibal, o terceiro filme dessa quadrilogia, que tem como grande protagonista o nome do filme, Hannibal Lecter, interpretado por Anthony Hopkins. O interesse cresceu a respeito desse tema e continuei assistindo filmes relacionados, O silêncio dos InocentesDragão VermelhoHannibal - A origem do mal, continuando a história do Dr. Lecter; esse último interpretado por Gaspard Ulliel, mostrando um Hannibal jovem. Alguns anos depois fui presenteado pelos livros dessa série, tendo lido apenas o quarto, em ordem de lançamento. Ainda na esfera do cinema lembro-me de ter assistido Zodíaco, filme que conta a história de um assassino (que assinava com o mesmo nome) nunca encontrado. Fui fisgado pelo personagem Alex do ótimo filme Laranja Mecânica, me fazendo imaginar inúmeras possibilidades, enxergar a beleza naquele cenário. Alguns outros filmes atiçaram essa minha curiosidade, como toda a série Jogos Mortais, O Talentoso Ripley, Violência Gratuita, vários filmezinhos de terror que não deixaram de contribuir de alguma forma, além de um batalhão de outros filmes que agora não me lembro e que não tem como foco principal a psicopatia. Acompanho desde o ano passado o seriado Dexter (muito bom), relatando a história do personagem-título na sua distinta maneira de limpar Miame dos assassinos.
Algum tempo depois roubei uma revista Super Interessante com o tema Mentes Psicopatas, ganhei o livro Mentes Criminosas e fiz várias leituras na internet. Quando entrei no curso de Enfermagem vi que tinha a disciplina Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, a qual estou cursando agora; além disso me inscrevi no projeto de extensão Ações de Enfermagem ao Portador de Transtorno Mental e à sua Família (com a esperança de ser chamado), tudo isso com o intuito de saciar essa minha vontade em aprender sobre o assunto.
Sabe o que tudo isso significa?