28.11.11

leo


Numa fotografia bela como homenagem, um colega a intitula Flores e Silêncio, o que nossa cultura propõe nesse ritual nostálgico que enfrentamos ao lado do nosso ente querido durante aquele período de tempo e depois o veja sendo deitado no desconforto da terra. Suponho que as flores sejam em forma de homenagem por tudo o que foi feito por ele e, como diz uma frase alheia, “são a primavera da vida que floresce na eternidade”. E o silêncio é nosso singelo respeito, é o que nos faz relembrar e fazer escorrer pelo canto da face a gota de nossa tristeza.
Éramos próximos pelas circunstâncias da vida, compartilhávamos momentos uno de experiência, assim como aqui estamos fazendo, e como num piscar a beleza do movimento se esvai. Resta-nos a dor de lembrar e de ainda não acreditar na possibilidade disso ter acontecido. Mas, de fato aconteceu meus amigos. Sei o quão duro é aceitar a ausência do outro, permitir que lhe tire por entre os dedos a delícia da convivência e tentar seguir adiante depois do ocorrido, mas me proponho a não deixa-lo sair de minha mente, a trazê-lo em diferentes momentos para próximo ao peito e trata-lo com seu merecido carinho e honra.
Como numa frase que sempre brinco, digo: “ele cumpriu sua sentença”. Mesmo indignados fiquemos por quem dita a vida, por ele não merecer fim tão rápido, por supostamente ter todo um trajeto a ser percorrido, paro e reflito naquilo que ele fez. Não me perco em tempo para reclamar da foice, mas dedico-me exclusivamente para refletir o quão saborosa foi sua passagem aqui conosco e como será vívida suas ideias e ideais para o tempo que também me for concedido.
Apego-me ao budismo e cito que “se nos lembrarmos da inevitabilidade da morte, geraremos o desejo de usar nossa preciosa vida humana de modo significativo”. Acredito que ele procriou muita significância nos seus passos, com sua perspicácia, inteligência, educação, por disponibilizar a troca de experiência, por nos persuadir com seus pensamentos, por se tornar referencial de pessoa, por me fazer brilhar os olhos com suas palavras, por me fazer ter uma boa inveja para com seu comportamento. Entretanto não descarto o que ainda poderia vir, mas, novamente, instigo-me a disseminar o que com poucas palavras e demonstrações o que ele me ensinou.
Sou pequeno demais para julgar o que nos acontece a partir desse ponto, não sei o que habita sobre mim, mas afirmo o que também quero como desejo próprio, que minhas palavras, singela sabedoria e minha vida seja relembrada sempre que possível, para recriar sorrisos, exemplos ou mesmo por fugaz lembrança. Soube que no ceu ele foi velado e talvez no céu ele tenha ido, mas enquanto terra o que fiz e o que agora quero fazer a seu respeito é lhe ofertar como flores as minhas palavras para citar seu nome e em forma de respeito, deixo de lado a meditação do silêncio, e peço para que façamos uma salva de palmas para a vida de nosso querido colega, Leonardo.   

27.11.11

Não tenha medo de voar


Numa de suas frases durante o longa, Henry (Macaulay Culkin) justifica sua vontade e liberdade em fazer suas maldosas travessuras – não tenha medo de voar. Num leque criativo ele projeta suas ideias com finalidade de agredir outros seres vivos. Dotado de um egocentrismo e cinismo evidente coloca seus próximos sob controle, e com tranquilidade detêm o poder de reverter qualquer situação a seu favor.
O filme The Good Son (traduzido para o Brasil como: O Anjo Malvado... Por quê? Eu fico me questionando) relata a infância de um psicopata, sem justificativa esperada – como vemos em outras histórias – para torna-se um. Suponho que esse sentimento tenha surgido como uma necessidade em ter o poder sobre as pessoas e tê-las apenas para si. O que encanta durante a aproximadamente uma hora e vinte minutos de história é o modo conquistador e a facilidade em enganar que o personagem possui. Para quem gosta desses perfis de distúrbios mentais (se assim eu posso chamar) é um “prato lotado” para se deliciar em ver, tentar entender e depois discutir.

Integrante de uma lista de filmes que me proponho a assistir relacionado a psicopatia, recomendo para qualquer outro! Assistam. Agora adentra à minha experiência sobre o tema, relatada num dos posts anteriores Meu Peculiar Interesse.

11.11.11

11.11.11

Rola por aí o boato de que no décimo primeiro dia de novembro de dois mil e onze, às onze horas e onze minutos (creio eu que) aos onze segundos (também), será o início da contagem regressiva para o fim e um besta será solta de um portal infernal. Ainda dizem que essa teoria foi fundamentada pelos Illuminati (sociedade secreta da era do iluminismo ou uma organização conspiratória que controla os assuntos mundiais secretamente). Além das intuitivas brincadeiras sobre este número. E um filme com esse título será lançado hoje... 
Sabe o que isso tudo significa? Nada! Até que realmente provem o contrário... Ou não! Vai saber...

Qual a forma acertada do cuidar?


A cultura da saúde mental, antigamente, mantinha um “estufar de peito” por ver seus centros manicomiais cheios, repletos de pessoas sem rumo, sem continuidade na história, sem expectativa de vida. Encarcerados num entretenimento vicioso em mantê-los ocupados com a desocupação, tornando-os doentes constantes, focando o valor monetário e a boa vida no trabalho – entende-se vida fácil e autoritária na rotina.
O filme nos mostra essa realidade degradante que sobrevivia no século passado. Os profissionais utilizavam de uma autoridade para controlar seus bens orçamentários, acreditando estar fazendo o papel orgânico-social-psicológico correto com aqueles indivíduos. A vida que era proposta a esses seres com problemas mentais era humilhante, desonrosa e frustrante de ideias, sonhos e ideais. Não se existia probabilidade de se viver ao adentrar nessas instituições, nos direcionando a ter sentimentos de revolta aos profissionais e compaixão aos internos.