22.2.09

...agora nem meu cigarro tenho mais. Acabaram todos numa tarde fria e chuvosa de um verão preocupante. Avesso. Meu conhaque de marca ruim está esparramado pelo chão molhando o tapete caro de lã não tingida. Meu computador quebrado num canto distante da casa me faz usar a máquina velha de datilografar... Entre canetas e tinteiros. Só por aquele aspecto poético que tanto desejo. Estou completamente acabado... Misturado a tanta beleza esparramada pelo chão nu, seguindo seus traços nus. Escrevo textos curtos e tristes. Transcrevo a cena que vejo... Reflito minha vida. Imagino teus afagos na minha nuca, teus gritos pela sala e arranhões nas minhas costas. A palavra que sairá da tua boca. Não será adeus... Espero que seja apenas um "até logo!".
Espero-te! Ou melhor... Espera-me!
[enquanto escuto I'm Yours de Jason Mraz]

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