21.5.10

Eu e meu óculos

O óculos depositado sobre a mesa descança suas pernas da cansativa rotina semanal. Sexta-feira livre nos faz - eu e ele - respirar um ar de pureza, sem a carga tanto elétrica quanto química que nos são impostas. A noite parece prometer uma fadiga por não haver algo a fazer, mas não estamos reclamando! Não, não me entenda mal. Ou nos. Só estou, talvez, sugerindo um atrativo um tanto quanto prazeroso de se fazer. Mais prazeroso ainda do que ficar nessa liberdade de conhecimentos obrigatórios.
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Reflito, às vezes, naquele desejo que boa parte da população tem: "querer estar assim, sem algo a fazer". Mas como nos cansa! (Estou falando por nós dois). Eu por me entreter, ele por não ser utilizado. Desde essa sequência de reflexões a respeito do assunto que tenho desejado da seguinte maneira: "como eu queria fazer apenas o que desse vontade de fazer, e ter como saciar essas vontades. Caso ocorra uma obrigação que essa não seja obrigação pelo fato d'eu gostar dela". Entende? (E o pensamento precisou de uns minutos extras por sua extensão).
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Pois bem, como agora eu não tenho como saciar esses desejos, viro-me para a tela e com a capacidade mental que ainda me resta fantasio todos os meus momentos prazerosos. "Saciatórios!"
E ele? Me encara da mesinha ao lado. Ainda descança, mas por pouco tempo!


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